Quarto do Joshua

- Mas que raio foi isso ? - perguntei quando ele deixou de me beijar, começando a rir.se. revirei os olhos e voltei a sentar.me - tinhas de estragar o momento não tinhas ? - perguntei - se me queres calar, diz "cala.te" como as pessoas normais, não me andes ai a beijar como se fosse uma coisa normal que nos fazemos juntos - afastei.me dele, sentando.me na outra ponta da cama

- Eu já te tinha dito que não queria o comprimido ou já te esqueceste ? - perguntei - Eu disse que não, umas duas ou três vezes que não queria e só depois é que te beijei - expliquei.lhe - nunca ouviste dizer "faz o que eu digo e não faças o que eu faço ?" neste momento é exatamente isso. - olhei para ele a sair do quarto - o quarto é teu, tu também tens de descansar para poderes recuperar a memória. fica na cama, eu vou para o sofá, até prometo que não me vou embora - levantei o mindinho

- Joshua anda cá - sentei.me na cama - não queres que eu ande sozinha porque não me aguento em pé, não me faças ir até ai - disse.lhe num tom de voz alto. credo aquele rapaz andava rapido. levantei.me da cama, segurando.me a sua estrutura, ignorando as tonturas. a cada passo que dava, tudo girava e deixava.me confusa - Josh a sério, anda cá - ped

revirei os olhos quando ele me pegou ao colo e me levou de novo para a cama. eu podia estar zonza mas não estava incapaz de andar - quero que te deites e durmas - respondi.lhe, revirando os olhos - se eu vou dormir na tua cama, tu vais dormir na tua cama porque obviamente a cama é tua e eu sou a que tou a mais e é impossivel nao estares cansado, é de madrugada e eu é que dormi a tarde, nao tu. por isso, deita.te - mandei

- Está bem - revirei os olhos e deixei.me estar na cama. como ele já me tinha visto nua acabei por me despir e pegar numa t-shirt que ele tinha em cima de uma cadeira e ficar apenas com ela e as minhas cuecas. já que ia ficar ali, ficava confortável. antes que ele voltasse tirei a perna e escondi.a debaixo da cama mas ao mesmo tempo perto de mim para quando acordasse a pudesse por. acabei por me tapar, agarrando.me a uma almofada enquanto esperava por ele - estás bem ? - perguntei.lhe - eu não te vou morder.. outra vez, se é isso que achas

Instintivamente afastei a perna dele, puxando mais as cobertas para cima - não, só estou um bocado zonza como estava a bocado - desviei o olhar e dei.lhe espaço na cama para ele se deitar - nao gostas de falar dos teus problemas, mas falas bastante dos meus. tu pareces um poço de doenças. é preciso eu saber de mais alguma se tu tiveres um ataque enquanto dormes ? - perguntei para que ele não notasse que tinha ficado incomodado com o assunto "perna"

- Não, não morres. Se não morreste quando te deu uma coisa lá na oficina, não vais morrer no teu quarto comigo aqui - revirei os olhos - Já te disse que se queres morrer, não o vais fazer comigo por perto - agarrei.me a almofada e fechei os olhos - devias tentar dormir

- Eu tambem estou a tentar dormir - respondi.lhe, olhando para ele - mas tu estás ai todo assustadiço e eu não consigo - encolhi os ombros - relaxa - disse.lhe - ou também precisas de ajuda para relaxar ? - perguntei com um sorriso

- Está bem, se tu o dizes - encolhi os ombros e estiquei a mão até ao seu estomago - depois não digas que eu não sou simpática - passei um dedo pelos seus abdominais, afastando depois a mão - boa noite ou bom dia, como quiseres considerar

- Não entendes ou não queres entender ? - perguntei, abrindo os olhos, vendo.o virado para mim - é que eu acho que te estás a fazer de desentendido de propósito - abanei a cabeça - tu também - acabei por dizer e fechei os olhos, tentando dormir por mais um par de horas a ver se me sentia melhor quando acordasse