Apartamento

Mordisquei o interior da bochecha, escondendo o meu sorriso quando o vi fazer beicinho, e acabei por levar um dedo aos seus lábios.
- Vais amuar para sempre, agora? - brinquei com ele, batendo-lhe no lábio inferior levemente, como se faz aos bebés quando tentamos que se riem. - Ora amua. - continuei no mesmo tom, imitando o seu beicinho. - Amua sem ateimar comigo. - ri-me.

- E se amuar? - perguntei com um meio sorriso acabando por colocar o copo no lava-loiças assim que acabei de beber a água do mesmo - Eu fico adorável de qualquer forma. - acrescentei piscando-lhe o olho.

Abanei a cabeça e belisquei o seu queixo levemente.
- Não te vou dar razão só por amuares. - encolhi os ombros despreocupadamente e fiz uma careta, divertida com a situação.
Ri-me quando afirmou que ficava adorável de qualquer forma. Imaginava que até estivesse perto da verdade, mas não lho ia dizer.
- Hmhm... - provoquei, juntando os lábios para não me rir.

Olhei-a sorrindo - Eu sabia. - cantarolei de forma infantil - Eu sou mesmo adorável de qualquer forma. - disse sorridente - Este baile deixou-me cansado. - disse após bocejar - Trabalhar o dia inteiro antes de ir a um baile de finalistas tem destas coisas.

Revirei os olhos e apertei-lhe a ponta do nariz levemente.
- Eu não concordei. - repreendi, abanando a cabeça.
Mordisquei o interior da bochecha e assenti levemente.
- Mas ainda tens que me deixar em casa. - relembrei-o, sorridente.

- Não é preciso concordares. - continuei sorridente - Hmm isso vai ser difícil. - disse tentando não rir. Afastei-me para que ela conseguisse saltar da bancada e estendi-lhe o braço - Senhora. - falei com um ar sério enquanto esperava que ela se agarrasse a mim.

Abanei a cabeça e saltei do balcão quando ele me deu espaço para ir para o chão.
- Senhor. - brinquei com ele, dando-lhe a mão. - O caminho ainda será longo. - continuei no mesmo tom brincalhão.
Saí com ele da cozinha e, na brincadeira, levei-o pelo corredor até à porta.

Agarrei na mão da Daisy assim que ela entrelaçou o braço no meu sorriso - Ai sim? Mora assim tão longe? - perguntei voltando ao meu ar sério fingindo que toda aquela situação era o mais real possível - Ainda bem que tem um homem tão espectacular para a levar de volta para casa.

Assenti, divertida.
- Muito longe. E a esta hora... - abanei a cabeça, fingindo-me assustada. - É muito perigoso. Nem sei se deveria ir consigo, não vá querer aproveitar-se da minha pessoa adorável. - continuei no mesmo tom.

- Adorável? - repeti tentando manter o meu ar sério - Quem te dera. - falei acabando mesmo por rir - Mas tudo bem, eu acompanho-te a casa só mesmo para ter a consciência tranquila. - apontei para a frente - Indica o caminho.

Assenti e sorri inocentemente.
- Eu sei que sou. - pisquei-lhe o olho, divertida.
Peguei na sua mão e puxei-o comigo, quando pediu que indicasse o caminho.
- Penso que é por aqui. - fingi, colocando-o contra a parede. - Oops, jurava que aqui tinha um atalho. - brinquei, aproximando-me dele. - Estas malditas obras... - resmunguei.

Fiquei preso entre a parede e o corpo da Daisy e ri, olhando para baixo de forma a olhar para ela - Hm se não te conhecesse até dizia que estás a tentar levar-me para algum sítio para te aproveitares de mim. - brinquei com um meio sorriso nos lábios.

Arqueei as sobrancelhas, brincalhona.
- Nunca conheces uma pessoa totalmente. - provoquei, rindo-me. - Pode bem ser essa a minha intenção. - pisquei-lhe o olho. - Mas, ei, - encolhi os ombros. - Eu não sei como é que vais descobrir as minhas verdadeiras intenções se ficares a tentar adivinhá-las. - ri-me.

- Começo a ficar com medo. Agora já percebi. - disse pensativo enquanto a olhava - Quiseste fazer-me passar pela experiência de ter um baile de finalistas mas não foi por mim, foi mesmo para te aproveitares de mim. - brinquei fazendo-lhe cócegas.

Semicerrei os olhos, mas comecei a rir-me assim que me fez cócegas.
- Não, não, não. - resmunguei, agarrando-lhe nas mãos repentinamente e apertando-as nas minhas. - Cócegas não. - abanei a cabeça e elevei o olhar, focando-me nos seus olhos. - Não. - fiz beicinho. - Continuas a tentar adivinhar. - voltei a abanar a cabeça e ri-me.

- Cócegas são ótimas.- disse rindo mas deixando que ela me agarrasse nas mãos - Eu sei que adoras cócegas porque toda a gente adora. O Tommy pode comprovar isso. - soltei uma das mãos e fingi ir fazer-lhe cócegas novamente.

Semicerrei os olhos e encolhi-me quando Wade começou com as cocegas.
- Eu não gosto. - ateimei, resmungona, enquanto me ria.
Larguei a sua outra mão e comecei a correr para longe dele.
- Não. - resmunguei, rindo-me e correndo para a sala.

- Gostas sim. - insisti sorrindo - Toda a gente gosta! - disse rindo assim que a Daisy se soltou e começou a correr para longe - Isso teria imensa piada se eu não estivesse exausto. - disse sorrindo - Por isso vou continuar aqui parado até decidires voltar para aqui.

Comecei a rir-me quando disse que estava exausto e espreitei para o corredor.
- Põe-te confortável. Só vou aí amanhã. - provoquei, sentando-me no sofá e encostando a cabeça para trás. - A menos que decidas vir para aqui e fazer-me companhia hoje. - brinquei com ele, fechando os olhos.

- Então agora que já te deixei em casa vou para a minha. - falei sorridente ainda a continuar a nossa brincadeira do baile de finalistas - Afinal sou um rapaz decente. - mordi o lábio inferior para tentar não rir com o meu comentário seguinte - E conheço os teus pais e sei que são mais do que capazes de pagar a alguém para se desfazer do meu corpo. - brinquei.

Bufei quando ele disse que ia para casa e revirei os olhos, rindo-me.
- Eu não te vou matar. E não me vou livrar do teu corpo. - provoquei. - Acho que seria mais o contrário. Seria encontrada na tua oficina e os meus pais teriam que te processar e passavas a vida na cadeia. - abanei a cabeça, continuando de olhos fechados. - Fica comigo, Wade Hill. - pedinchei, fazendo uma voz manhosa.

- Por acaso seria divertido ver como é que uma minorca como tua ia conseguir desfazer-de do meu corpo. - provoquei com um meio sorriso - Ainda davas numa de Norman Bates e deixavas-me na tua cave para te fazer companhia. - olhei-a de olhos semicerrados quando pediu que ficasse com ela e encolhi os ombros - Vais pôr-me a dormir no chão? - perguntei sorrindo.

Semicerrei os olhos quando me chamou de minorca.
- Eu ia contratar alguém para te levar daqui para fora. - respondi com um breve encolher de ombros.
Suspirei e fingi pensar por alguns momentos.
- O chão parece confortável. - provoquei e alcancei o comando, vendo que estava a passar uma comédia.
- Hmm... - murmurei, pegando no cobertor e enrolando-me no mesmo. - Podes ficar se quiseres. - relembrei para Wade, olhando para a televisão.

- Isso é um péssimo plano. - disse-lhe tentando manter o ar sério - Se vais matar alguém não chames mais alguém ou as probabilidades de acabares presa são enormes. - tirei o telemóvel do bolso para ver se tinha alguma mensagem da minha irmã e como não o tinha ela não estaria em casa por isso caminhei de volta para o sofá da Daisy, sentando-me e puxando o cobertor para as minhas pernas - Que confortável. - disse sorrindo enquanto me esticava para cima dela.

Semicerrei os olhos.
- Pareces demasiado compreendido no assunto. Devo ter medo? - olhei para ele, desconfiada.
Observei Wade pegar no telemóvel e depois sentar-se ao meu lado, puxando o cobertor para cima dele e mandando as suas pernas para o meu colo.
- Que lata. - resmunguei, empurrando-o para ele ficar deitado, enquanto me ria. Deitei a cabeça no seu peito e cobri-nos. - Melhor. - provoquei, olhando para ele.