Apartamento

Abanei a cabeça e sorri.
- Eu mencionei, na altura, que eras capaz de te cruzar com eles. A situação é que ficou fora de controlo depois, porque tu achas que és bom o suficiente para eu te apresentar. - brinquei com ele.
Saímos do prédio para um exterior iluminado pelo sol e um céu sem nuvem alguma. Mesmo depois de anos na Austrália, ainda dava por mim a pensar no quão diferente era do Reino Unido.
- Hm... Tens andado iludido. - disse calmamente, sorrindo-lhe de forma inocente e angelical.

- Mentiras. - disse-lhe de olhos semicerrados, puxando mais o fecho do casaco de fato de treino já que não tinha mais nada por baixo - O teu grande desejo sempre foi apresentar-me aos teus pais. E agora estás ansiosa de que isso aconteça. - acrescentei com um meio sorriso enquanto nos dirigíamos para o meu carro.

Apertei-lhe a mão com a minha, com força, quando ele disse que o que eu dizia eram mentiras. Não era como se a minha força valesse de muito, já que eu não tinha muita.
- Hey, eu não minto. - fiz beicinho. 
Finalmente chegamos ao seu carro e eu soltei-lhe a mão, tentando ignorar o formigueiro que deixara na minha. Entrei no lugar do pendura assim que ele abriu o veículo.
- Sim, eu ainda nem te tinha conhecido e já pensava em apresentar-te. - brinquei com ele.

Segui-a até ao sítio onde tinha o carro estacionado e depois de entrar no lugar do condutor, coloquei o cinto de segurança, olhando-a - Eu sempre soube. Mas obrigado por confirmares as minhas suspeitas. - disse-lhe sorridente - É sempre bom saber que sou um modelo para ser apresentado aos pais. - provoquei.

Abanei a cabeça e ri-me enquanto colocava o cinto de segurança.
- Juro-te que eu sinto que sou horrível para o teu ego. É que eu estou a brincar, mas tu ficas cada vez mais convencido. - provoquei-o, divertida.
Olhei para o exterior, observando as pessoas que passavam mesmo ao lado do carro.

Abanei a cabeça enquanto sorria - Por favor. - bufei olhando-a - Eu sou um santo a aturar-te e ainda te levo ao trabalho! - espetei-lhe o dedo nas costelas - Por isso pára de tratar-me mal e começa a agradecer por eu ser uma pessoa maravilhosa. Além de giro, obviamente.

Encolhi-me quando o seu dedo me tocou nas costelas e virei-me rapidamente para ele, piscando os olhos repetidamente.
- Oh meu Deus, Wade. - disse com uma voz aguda e um forçado sotaque americano. Não sei bem a razão pela escolha do sotaque, mas foi o que saiu. - Tu és o meu cavalheiro andante. O meu salvador. Nunca donzela tão formosa teve tanta sorte. - continuei no mesmo tom e com o mesmo sotaque, fingindo-me séria. Estiquei-me no banco para lhe beijar a bochecha, fazendo um barulho exagerado. - Idiota. - sussurrei-lhe ao ouvido, voltando à minha voz normal, enquanto me ria.

- Isso não foi nada assustador. As coisas que descubro sobre ti. E esse sotaque... foi só péssimo... não repitas. - pedi com uma pequena careta que rapidamente se transformou num sorriso - Bem bem, vamos lá por-nos como deve ser para eu poder sair do estacionamento. - disse-lhe de olhos semicerrados - Aperta o cinto. Parece que estou a falar com o Tommy.

Ri-me das suas palavras e sentei-me direita no banco, colocando o cinto.
- Bem, então está explicado porque parece que evitas que eu me aproxime de ti. Deves pensar que eu tenho a idade do Tommy. - provoquei-o em tom de brincadeira, olhando-o pelo canto do olho. - E eu sou excelente com sotaques. - ri-me.

- Não penso, parece mesmo que tens. - provoquei com um meio sorriso enquanto arrancava do estacionamento - Coitadinha... está tão enganada... - disse alto, olhando-a pelo canto do olho - Vê lá se te portas bem agora quando ficares sozinha. - acrescentei ainda a sorrir.

Revirei os olhos.
- Bem, tenho todo um cartão a dizer a minha idade. E podes perguntar aos meus pais. - encolhi os ombros descontraidamente. - Assim podes passar logo a admitir que tens medo de ficar caidinho por mim. - provoquei.
Abanei a cabeça.
- Estava a pensar no oposto. Na verdade, ia sentar-me com o primeiro rapaz giro que aparecesse no trabalho. - brinquei.

Bufei enquanto a olhava pelo canto do olhos - Queres mesmo recordar quem é que está sempre a falar dos fetiches que tem por mim? Podemos voltar a essa conversa. - disse com um meio sorriso - Os teus pais vão ficar tão orgulhosos quando eu contar as coisas que tu dizes que vais fazer só para me meter ciúmes. - provoquei.

Revirei os olhos.
- Tu deves ter fetiches contigo mesmo. É assustador. - brinquei com ele.
Virei-me para ele no banco, observando-o a conduzir.
- Bem, estás a admitir que ficas com ciúmes? - provoquei-o, divertida. - É que parece mesmo que acabaste de fazê-lo. - ri-me e toquei-lhe no braço, na brincadeira. - Estás tão apanhadinho por mim, Wade Hill. - brinquei com ele.

- Não preciso, tu tens os suficientes por mim. - respondi de volta ainda a sorrir e revirei os olhos a seguir - Diz a pessoa que passa a vida a ir ao meu apartamento para me convidar para ir para o dela. - a viagem não era muito longa por isso chegámos num instante. Estacionei o carro e virei-me para a Daisy - Ficas mesmo bem sozinha?

Ri-me e abanei a cabeça.
- Bem, tu não recusas. E não negaste. - provoquei-o, divertida. - Difícil resistir? - brinquei com ele, piscando-lhe o olho de forma exagerada.
Assim que chegamos, Wade estacionou o carro e virou-se para mim. Assenti, fazendo-lhe uma careta.
- Qual é a opção? Fazes de meu segurança? - brinquei com ele, tentando esquecer o teor sério daquela questão.

- Pergunto-te o mesmo. - atirei de volta com um meio sorriso - Difícil de resistir? - perguntei ainda a sorrir. Encolhi os ombros com a sua pergunta seguinte - Sim, se for preciso. - disse-lhe sinceramente - Por isso é que quero saber.

Movi as sobrancelhas e sorri-lhe docemente.
- Talvez. - brinquei com ele, sem lhe dar nenhuma resposta em concreto. A verdade é que ele era bastante atraente, mas eu não o ia admitir de cara.
Abanei a cabeça.
- Está tudo bem. - assegurei, desapertando o cinto de segurança. - Ele nunca chegou a saber onde eu trabalho agora. E eu prometo estar com o meu telemóvel e dizer alguma coisa, se for preciso. - esbocei um pequeno sorriso. - Obrigada, Wade. - disse-lhe, sinceramente, deixando de lado todas as brincadeiras. Estiquei-me para lhe dar um beijinhos na bochecha. - Qualquer miúda do mundo inteiro vai ter muita sorte.  encolhi os ombros levemente e sorri.

Assenti com a cabeça. Não ia insistir em ficar ali quando não valia a pena e também não queria estar a incomoda-la no trabalho - Tem o telemóvel à mão. - disse em tom de aviso - Qualquer coisa quero que me ligas. - juntei as sobrancelhas com o seu último comentário - Eu transmito esse recado. - acrescentei com um meio sorriso.

Assenti como se lhe prometesse que lhe ligaria caso precisasse de alguma coisa.
- Até logo. - sorri-lhe e abri a porta do carro, finalmente saindo para fora do mesmo.
Caminhei para o meu local de trabalho e nem deu tempo para andar a pensar em muita coisa, porque logo me ocupei a servir os clientes que apareciam e a guardar os novos livros que tinham chegado nessa manhã.

Arqueei o sobrolho à forma como Wade se apresentou e fiz uma careta.
- Wade, o vizinho. - o sotaque carregado de Louis fez-se ouvir num tom brincalhão. - Anotado. - disse, mais sério. - Espero que sejas um bom vizinho para a minha filha. - continuou no mesmo tom.
- Pai. - resmunguei, ao mesmo tempo que Harry se ria e dizia "Louis".
Esperei que Wade abrisse a porta do prédio e tirei as chaves do bolso, caminhando para o meu apartamento. Os meus pais ficaram para trás para irem buscar as suas malas ao carro e agradecerem a Paul, pelo que aproveitei para falar com Wade.
- Wade, o vizinho. - brinquei com ele.

Os pais dela pareciam super simpáticos, mesmo com toda a fama que tinham pareciam bastante... humanos. Abri a porta do prédio e mantive-a aberta para que todos entrassem no hall de entrada do mesmo. Encolhi os ombros e olhei para a Daisy - Querias Wade, a paixão da vossa filha? - provoquei.

Revirei os olhos.
- Quem te ouvir falar, até pensa que não estás todo acanhado. - provoquei-o, divertida. - E agora não te vais safar, Wade. Não me podes deixar sozinha com eles, senão vou ser atacada por perguntas. - ri-me e abri a porta do meu apartamento.
- O resto da família queria vir, mas dissemos que era melhor dar-te espaço. - Harry disse, juntando-se a mim na porta, já com a mala na mão.
Assenti e fechei a porta depois de todos termos entrado.
- Onde anda o canalha? - Louis perguntou em voz alta, do nada. Virou-se, então, para Wade. - Então, conheceste aquela peça dos diabos? - arqueou o sobrolho.

Olhei novamente para a Daisy com um sorriso - Portanto provas novamente que não vives sem mim. - provoquei sorridente - Não é um bocado estranho eu ir para tua casa com os teus pais e... o segurança? - perguntei olhando para o terceiro homem antes de o Louis interromper perguntando sobre o idiota do ex da Daisy - Sim. - respondi-lhe calmamente, não valia a pena trazer mais achas para a fogueira - Mas ele tem estado longe. - assegurei.

- O Paul já vai embora, vais ver. E não é estranho. - fiz uma careta e não demorou muito para que ele me viesse dar um beijo na bochecha, despedindo-se.
- Tudo está normal. - anunciou, encolhendo os ombros. - Até logo. - disse, mais formal, abrindo a porta do meu apartamento e abandonando o mesmo.
Louis assentiu, satisfeito com a resposta de Wade.
- Não estou aqui para dizer que eu bem te avisei... - Louis começou.
- Mas já dizendo... - suspirei.
- Lou, deixa a tua filha em paz. Ela já se apercebeu da realidade. Tudo vai ficar bem. - Harry encolheu os ombros despreocupadamente. Apesar de ele parecer desinteressado, eu sabia muito bem que, mais tarde, ele não se iria calar sobre o assunto.
Louis semicerrou os olhos na minha direção, mas acabou por encolher os ombros também.
- Muito bem. Já me calei. - levantou os braços, rendendo-se. - Futebol? - virou-se para Wade novamente, mudando de assunto.
Suspirei, sorrindo para Harry quando ele caminhou na minha direção e me abraçou.

Não disse mais nada, não querendo meter-me entre os três apesar de os ter acabado de conhecer gostar imenso deles já. Olhei para o Louis e ri, assentindo com a cabeça - Óbvio. - respondi - Mas não vos quero interromper. - disse apontando para minha casa - Vocês devem estar cheios de saudades dela e têm de aproveitar.