Universidade

- Isso é mentira. - disse divertida por saber perfeitamente que aquilo era mentira. Mantive o meu olhar fixo no do Jasper quando ele me puxou mais para si e ficámos a meros milímetros um do outro - Posso dizer que sim. - respondi com um encolher de ombros enquanto descia o meu olhar para os seus lábios e tentava afastar os pensamentos.

Simplesmente abanei a cabeça, não lhe respondendo mais nada em relação àquele assunto. Não valia a pena. Juntei ligeiramente as sobrancelhas quando ela acabou por admitir e deixei por fim que um pequeno sorriso aparecesse nos meus lábios. - Eu sei. - disse permanecendo com o olhar sobre ela e mantendo aquela proximidade toda.

As luzes daquele espaço estavam a incomodar os meus olhos sensíveis e por isso dei por mim a deitar a cabeça no ombro do Jasper enquanto continuávamos a dançar ao som da música que passava naquele momento - Às vezes nem és mau de todo. - disse mantendo o meu olhar fixo na curva do seu maxilar - Mas depois lembro-me que me estás a chantagear e rapidamente me passa.

Continuei a dançar com ela, sempre de forma lenta. Tão lenta que quase parecia que estavamos parados. Abanei um pouco a cabeça devido às suas palavras. - Estás a elogiar-me muito. O que é que fumaste? - perguntei de forma retórica. - Só estou a fazê-lo para não perder o meu emprego. - retorqui.

Já nem sabia se estávamos mesmo a dançar ou não mas ainda assim mantive-me encostada ao peito do Jasper e com a cabeça ainda no seu ombro. Ri ao ouvir a sua pergunta e encolhi os ombros - O mesmo de sempre. - abanei a cabeça - Isso é mentira também. Não é só para manteres o emprego.

- Mas hoje estás mais simpática. - eu disse-lhe, podia ser apenas impressão minha mas não me parecia. Além disso até parecia que ela já se tinha esquecido do suposto par. Encolhi os ombros em seguida. - Talvez não seja apenas por isso. Não interessa, o que importa é que já não vais fazer absolutamente nada. - conclui.

Encolhi os ombros - Se calhar este charro era mais forte. - respondi pensativa enquanto me tentava lembrar onde é que o tinha arranjado mas como não consegui pensar em nada deixei-me daquilo. Endireitei-me apesar de me manter encostada ao Jasper mas agora novamente a olhá-lo nos olhos - Não? Então porquê? Posso muito bem acabar com tudo isto agora, aqui para toda a gente ouvir.

- É, talvez seja mesmo isso. - concordei com um curto encolher de ombros. Coloquei melhor as minhas mãos na sua cintura, mantendo-a junto a mim e uni as sobrancelhas assim que a ouvi, apesar de saber que ela não faria aquilo. - E já pensaste nas consequências de fazeres isso?

Senti as mãos do Jasper a apertar a minha cintura mantendo-me ainda mais próxima do seu corpo e sem conseguir afastar-me dele. Encolhi os ombros ainda a olhá-lo nos olhos - Mostravas ao mundo imagens minhas a divertir-me numa noite. Acontece que todo o mundo já viu a princesa a fazer figuras.

Encolhi os ombros e continuei com os meus olhos fixos nos seus. - Mas não figuras como as que eu tenho gravadas. - retorqui rapidamente e puxei-a para o lado, afastando-nos um pouco das pessoas que ali estavam e deixando-nos assim numa zona mais calma, onde menos pessoas estavam a dançar. - Não te lembras mesmo do que fizeste naquela noite, pois não? - perguntei.

Já tinham sido tantas as imagens das minhas saídas que tinham ido parar às redes sociais e jornais que para ser sincera nada daquilo me importava. Além do mais agora estava longe de Londres e por isso sabia que as garras da minha mãe tinham muito menos poder por aqui. Deixei que ele me puxasse para um canto e encolhi os ombros - Não. Mas não há de ser nada assim tão diferente do costume. Ou filmaste-me a assassinar alguém?

Encolhi os ombros à sua pergunta. - Nunca saberás o que é. Mas acredita que é bastante mau e não irias querer que ninguém visse. - respondi-lhe e como estava já farto de dançar, afastei-me um pouco dela, retirando as minhas mãos da sua cintura. - Vamos beber alguma coisa. - disse e para não me perder dela segurei na sua mão e comecei a puxá-la comigo para o bar.

Revirei os olhos com o que ele disse ainda sobre o vídeo mas acabei por encolher os ombros. Não me importava muito com isso e neste momento também não queria mesmo saber disso - Está bem. - foi a única coisa que tive tempo de dizer antes de ele me puxar para a zona do bar - Vais ficar bêbado? - perguntei divertida.

Parei de andar quando chegamos ao balcão do bar e larguei a sua mão. Virei-me na direção de Eleanor e abanei de forma negativa a cabeça. - Não, vou só beber uma bebida. - encolhi os ombros. - Estou a trabalhar, lembraste? Para além de estar também a fazer de teu par. - murmurei.

Encostei-me ao balcão e afastei o cabelo da cara. Estava a ficar com calor e não sabia se era do local ou se eram efeitos secundários do que tinha estado a fumar - Por estares a trabalhar é que nem devias beber. - relembrei-o com um sorrisinho - Mas eu não digo a ninguém. - acrescentei falando novamente antes de ele ter tempo - A não ser que te filme e use o vídeo para mais tarde te chantagear.

Peguei na minha bebida assim que fui servido e virei-me ligeiramente para ela, arqueando uma das minhas sobrancelhas. - Não farias isso. Além de que é apenas uma simples e inocente bebida. - encolhi os ombros e virei costas em seguida, esperando que ela viesse atrás de mim, enquanto caminhava para uma varanda, na zona exterior daquela sala.

Pedi também uma bebida ao rapaz que se encontrava atrás do balcão e bebi a mesma de uma única vez -- Não? Quem sabe se não sou como tu. - bebi o conteúdo do meu copo de uma só vez - E sabes lá se essa bebida não é o suficiente para te deixar incapaz de me defender o resto da noite. - disse seguindo-o de seguida para a zona exterior.

Virei ligeiramente a minha cabeça para trás assim que ouvi o que ela estava a dizer. - Não fico incapaz apenas com uma bebida. - retorqui abanando a cabeça. - Não sou fraco como tu, princesa. - pisquei-lhe o olho e continuei a andar, parando apenas quando chegamos ao exterior.

Bufei para o ar com um revirar de olhos ao ouvir o seu comentário - Por favor, como se isso fosse verdade. - não era e começava a ficar já tão habituada a todo o álcool e drogas que consumia que precisava sempre de mais para voltar aquele estado que eu tanto ansiava. Mesmo apesar de agora que estava longe de todos os dramas da minha família, estar ligeiramente melhor e um pouco focada também nas aulas. Sentei-me na parede da varanda e olhei novamente para o Jasper - Tens a certeza que não? - perguntei com um meio sorriso referindo-me às suas capacidades de tomar conta de mim.

Sabia que aquilo não era bem verdade, ela aguentava bem o alcool por beber demasiado. Não era bom para ela mas também parecia que ninguém se preocupava com isso. Encostei-me contra a parede virado para ela. - Sim, tenho a certeza. Ainda estás viva não estás? - questionei. Aliás, ainda não lhe tinha acontecido nada de mal desde que eu estava com ela.

Balancei as pernas enquanto mantinha o meu olhar fixo no Jasper que se tinha encostado à parede, deixando-nos assim como alguma distância entre nós. Ali o barulho da festa era menor e o fresquinho que se fazia sentir deixava-me mais à vontade que o calor de todos aqueles corpos no interior. Encolhi os ombros com o que ele disse - Então ou tens feito um bom trabalho ou eu não te tenho dado assim tanto trabalho. - fingi-me pensativa - Se calhar tenho de começar a fazer-te trabalahr mais. - sorri.

Encolhi os ombros e antes de falar levei o copo aos meus lábios, bebi um longo gole daquela bebida e depois passei a língua pelos lábios. - Tu dás trabalho. Mais do que imaginas. Principalmente quando não estás no teu estado normal. Quem tem sempre de levar contigo? O Jasper. - disse-lhe. - Portanto, acho que ando a fazer um bom trabalho.

Foi a minha vez de encolher os ombros ao ouvi-lo e acabei mesmo por revirar os olhos - Só porque queres. - relembrei-o aproveitando que estava ali sentada para descalçar os sapatos de salto alto. Estava pronta para ir para casa mas não o ia admitir pois isso era deixar o Jasper de folga - Podias muito bem deixar de ser meu segurança mas em vez disso estás a fazer chantagem para continuares a sê-lo.

Abanei a cabeça e aos poucos fui continuando a beber a minha bebida. - As pessoas tem de fazer pela vida, não é verdade? - questionei-a com um encolher de ombros. - Eu preciso de trabalhar e este trabalho nem é assim tão mau... - retorqui. - E precisas de um segurança, se não for eu seria outro qualquer.

Encolhi os ombros uma vez mais - E podias fazer pela vida noutra profissão e noutro lado. Nem sequer precisavas de ter vindo para a Austrália. - relembrei-o e uma vez que continuava aborrecida por ali estar, acabei mesmo por me deitar no parapeito da varanda - Acho que qualquer um seria melhor que tu. - disse com um revirar de olhos.