Apartamento

- Vou deixar-te acreditar nisso. - ri-me.
Olhei para ele seriamente.
- Saltar-te para cima. - disse, séria, para o testar. - É a minha sugestão.

Encostei a cabeça no sofá com um meio sorriso nos lábios enquanto a olhava - É um bocado difícil ser cavalheiro e tentar ir com calma quando tu dizes essas coisas. E me olhas assim. - constatei entrelaçando os meus dedos nos dela.

Arqueei o sobrolho e apertei ligeiramente os seus dedos nos meus.
- Não sei quem é que te disse que eu andava à procura de cavalheiros. - encolhi os ombros de forma descontraída. - Mas podes ser como tu quiseres. Desde que esteja tudo bem para ti. Não vou ser eu a pressionar nada, também. - fiz uma careta divertida.

- Então estás à procura do quê? - perguntei com um meio sorriso colocando melhor os braços à volta da sua cintura para a puxar para o meu peito - Não estás a pressionar só.. não sei, não quero forçar nada. Já passámos por tantos problemas que não quero arranjar mais.

Apertei o seu nariz com as pontas dos meus dedos e fechei os olhos com força por um breve segundo, na brincadeira, enquanto um pequeno sorriso se desenhava nos meus lábios.
- Eu não estou à procura de nada. - expliquei, encolhendo os ombros levemente. - Pelo menos, nada em concreto. - mordisquei o lábio inferior e olhei para baixo. - Não andava à tua procura e tu apareceste, não foi? - questionei baixinho, sentindo-me um pouco envergonhada.
Abanei a cabeça ligeiramente.
- Não vamos ter problemas. Estamos bem. - assegurei.

- Uau, estás super filosófica. - brinquei antes de lhe beijar o maxilar e subir até à sua bochecha e depois aos lábios - Finalmente. Espero que desta seja de vez. - disse honestamente.

Revirei os olhos com o seu comentário, apesar de estar a sorrir.
- Eu a ser toda sentimental e tu a dizeres que sou filosófica. - abanei a cabeça, fingindo-me desiludida.
Fechei os olhos quando senti os seus lábios beijarem-me o maxilar, a bochecha e, por fim, os lábios.
- Somos dois a pensar igual, então. - confessei, chegando-me para mais perto dele no seu colo e voltando a beijar os seus lábios.

- És as duas coisas. - brinquei com um meio sorriso antes de a voltar a beijar. Afastei-me apenas de forma a encostar a cabeça ao sofá e conseguir olhá-la nos olhos - Tens a certeza? - perguntei uma última vez.

Abanei a cabeça.
- Terei de aceitar isso. - acabei por ceder, sem realmente me importar muito com aquilo.
Fiz beicinho quando senti os seus lábios a afastarem-se dos meus e olhei-o.
- Absoluta, Wade. - assegurei, levando as mãos às suas bochechas.

Sorri e puxei-a mais para mim até estar completamente colada ao meu peito e de seguida voltei a beijá-la de forma calma e romântica porque apesar de a querer de uma forma tão intensa, só queria levar as coisas com calma para a tratar bem e não assustá-la.

Mesmo com os meus lábios colados aos seus, parecia que tudo o que eu queria fazer era sorrir. Não me lembrava de me ter sentido assim alguma vez, mas, ao invés de isso me assustar, só me deixava ainda mais maravilhada com tudo. Com Wade.
Levei as mãos até ao seu cabelo, sentindo-o puxar-me mais contra si, de modo a que o meu corpo ficasse colado completamente ao seu.
Afastei os meus lábios ligeiramente nos seus e percorri um caminho com beijos até ao seu maxilar, descendo depois para o seu pescoço, num ritmo lento e provocativo.

Encostei a cabeça no sofá, fechando os olhos enquanto a Daisy beijava o meu maxilar e pescoço. Deixei-a à vontade para fazer o que quisesse até que não aguentei mais e voltei a procurar pelos seus lábios, subindo as minhas mãos pelas suas pernas até as ter no interior do seu top mas mantendo todos os movimentos calmos e lentos.

Esbocei um pequeno sorriso quando o senti relaxar com o meu toque e encostar-se ao sofá, deixando-me à vontade para distribuir beijos pela sua pele.
Encolhi-me ligeiramente ao sentir as suas mãos subirem pelas minhas pernas e entrarem no top.
- Tens as mãos frias. - resmunguei baixinho, rindo-me contra a sua boca. Apesar das minhas palavras, prendi os seus pulsos por ligeiros segundos, dando-lhe a entender que não queria que ele tirasse as mãos.
Subi com as minhas mãos pelos seus braços, continuando até aos ombros e descendo depois para o seu peito. Aproveitei para imitar os seus movimentos e deixei que as minhas mãos fossem para baixo da sua t-shirt, sentindo a sua pele quente contra as mesmas.

- Posso sempre tirá-las. - provoquei com um sorriso nos lábios que só aumentou quando ela as manteve no mesmo sítio - Já não te incomoda? - perguntei mordiscando-lhe o lábio inferior - Tens as mãos geladas! - queixei-me de volta tentando fugir dela apesar de estar apenas a fingir.

Abanei ligeiramente a cabeça e senti-me sorrir quando ele me mordiscou o lábio inferior e se queixou das minhas mãos também estarem geladas, enquanto tentava afastar-se.
- Que pena que tenho do menino. - provoquei, brincalhona, aproximando-me mais dele e percorrendo o seu tronco com as mãos. - Muita pena. - continuei, mais baixinho, arrastando os meus lábios pelo seu maxilar. - Queres que pare, é? - questionei, descendo para o seu pescoço com os lábios, enquanto as mãos subiam mais.

- É melhor, antes que eu acabe congelado. - disse com um ar sério que rapidamente desapareceu com o toque da Daisy - Hmm talvez não. Estou a começar a sentir-te a aquecer. - disse com um meio sorriso antes de subir também aos poucos a sua camisola.

Ri-me contra a sua pele ao ouvir as suas palavras e depositei um beijo no seu pescoço, antes de me afastar ligeiramente para subir a sua camisola, com o intuito de a tirar.
- Como se fosse só eu que estou a aquecer. - brinquei com ele, voltando-me a juntar ao seu corpo para beijar os seus lábios.

Afastei-me da Daisy apenas o suficiente para que ela me conseguisse despir a camisola e depois disso voltei a pousar as minhas mãos dentro da dela, passando-as lentamente pelas suas costas - Eu sou quente, tu é que estavas a desconfiar de mim. - disse com um sorriso provocador piscando-lhe o olho - Não achas? - acrescentei pelo facto de já estar de tronco nu.

Revirei os olhos ao ouvi-lo todo convencido e belisquei-lhe a pele levemente.
- Não sejas tão convencido, Hill. - fingi resmungar, encarando-o com os olhos semicerrados. - Andas sempre à caça de elogios. - ri-me e voltei a aproximar-me dele, roçando os meus lábios nos seus lentamente, num gesto provocativo. - És um convencido. É isso que eu acho. - murmurei contra a sua boca.

- Não é ser convencido se for a verdade. - respondi sorridente - E não ando à caça de elogios, tu é que nunca me dás nenhum. - disse fingindo um beicinho - Depois fico magoado e com complexos. - acrescentei agarrando numa almofada para me tapar.

Afastei-me ligeiramente dele e abanei a cabeça, rindo-me quando se tapou com uma almofada.
- Wade Hill, estás a estragar o clima. - brinquei com ele, passando as mãos pelas suas bochechas. - Eu tenho bom gosto. E estou contigo. - toquei com o indicador na ponta do seu nariz. - Portanto, podes tirar as tuas próprias conclusões. - pisquei-lhe o olho, sorridente.

- Tu é que só me mandas a baixo. Uma pessoa fica com complexos. - acrescentei ainda com um ar sofrido - Pff estás só a elogiar-te a ti, não a mim. - provoquei-a mantendo a almofada no mesmo sítio - Assim fico magoado.

Fiz beicinho com a sua insistência e encostei a minha testa ao seu ombro.
- Wade... - choraminguei, divertida, bufando suavemente contra o seu pescoço. - A tua birrinha está a fazer-te parecer uma criança. - continuei no mesmo tom, acabando por me rir.

- Na verdade só estás a queixar-te porque estás a ficar sexualmente frustada. - provoquei com um meio sorriso - Porque os meus sentimentos continuam magoados. - disse fingindo-me ainda magoado.

Revirei os olhos e decidi provocá-lo.
- Não estou frustrada. Conseguiria dar conta do recado se quisesse. - pisquei-lhe o olho e acabei por me rir. - Wade Hill, és lindo de morrer e mal posso esperar para ter os teus filhos. - brinquei com ele.