Apartamento

- É normal. - disse com um encolher de ombros - Só sou dois anos mais velho que a minha irmã e também sou muito chato. - disse com um meio sorriso nos lábios - É o que os irmãos fazem. - recostei-me na cadeira com a chávena na mão e bufei - Oh por favor. Pior que tu? Impossível.

Assenti levemente.
- Sim, suponho que seja normal. - sorri na sua direção e levantei-me para colocar a minha caneca de chá, já vazia, na pia. - Se não for, pelo menos eu já me habituei. - ri-me. - E coitada da tua irmã, a aturar-te assim tanto. - brinquei com ele.
Revirei os olhos com a sua acusação e virei-me para Wade.
- Tu estás a abusar da tua sorte. - acusei-o, abanando a cabeça como se estivesse seriamente chateada com ele.

Lancei-lhe um ar assassino - Oh por favor. A minha irmã adora-me e tu também. - acrescentei com um meio sorriso nos lábios. Levantei-me para ir pousar a caneca no lava-loiças e dei um encontrão na cintura da Daisy - Por favor. Esse teu ar de má não engana ninguém.

Ia fingir um bocejo para o provocar e acusar de ser aborrecido estar na sua presença - o que não era -, mas acabei por bocejar mesmo, enquanto tapava a boca com a mão e piscava os olhos repetidamente.
- Gosto tanto de ti que até me dás sono. - brinquei com ele, retribuindo o pequeno encontrão. - Eu não estou a tentar enganar ninguém. - encolhi os ombros descontraidamente e olhei-o.

Abanei a cabeça quando ela bocejou e disse que era eu quem lhe dava sono - Mentiras. - provoquei deitando-lhe a língua de fora - Mas tudo bem. Vou embora para te deixar dormir. Depois não venhas chorar com saudades minhas. - acrescentei a sorrir - Ou quando quiseres apresentar-me aos teus pais. - disse já a caminho da saída.

Abanei a cabeça e ri-me.
- Se pensar que é mentira te irá fazer dormir bem à noite, acredita nisso. - brinquei com ele e segui-o quando saiu da cozinha. - Tu estás mesmo ansioso para conhecer os meus pais, só pode. Até és tu quem só fala sobre isso. - provoquei-o, divertida.
Destranquei a porta para o hall do prédio e virei-me para Wade, dando-lhe um beijo na bochecha.
- Obrigada pela companhia, apesar de seres muito aborrecido. - pisquei-lhe o olho.

- Tu é que falaste neles e falaste que nos íamos conhecer. - relembrei-a - Agora não venhas dizer que a culpa é minha. Tu é que queres apresentar-me a eles. - disse sorridente. Parei à porta e semicerrei-lhe os olhos - Vou deixar passar esse comentário porque isso é o sono a falar.

Revirei os olhos, sorrindo.
- Eu fiz um simples comentário, tendo em consideração que és meu vizinho. Tu, convencido como és, é que pensas que tenho mesmo intenção de tos apresentar. - ri-me.
Dei-lhe espaço para passar a abanei a cabeça.
- O que te fizer feliz. - insisti, rindo-me. - Boa noite, Wade. E obrigada pelo contacto do teu amigo, para a porta. - apontei para a mesma, indicando a fechadura.

Abanei a cabeça - Tens de deixar de ser tão mentirosa. - provoquei novamente com um sorriso. Saí para o corredor entre os nossos apartamentos e encolhi os ombros - Não tens de agradecer. - disse-lhe tirando as chaves do bolso - Boa noite Daisy.

Abanei a cabeça e fiz-lhe uma careta.
- Eu não minto. - encolhi os ombros descontraidamente e sorri-lhe. - Até amanhã. - despedi-me, fazendo um movimento para finalmente fechar a porta.
Reparei que as malas ainda continuavam à porta do prédio, mas nem quis saber, ouvindo o clique do trinco da fechadura, enquanto eu trancava a porta.
Fui tomar um rápido duche e vestir o pijama, rapidamente adormecendo, já habituada à casa vazia e silenciosa, porque Joe passava muito tempo fora.

Acordei de manhã com o meu telemóvel a tocar. Era o amigo de Wade, a dizer que estava a chegar.
Apressei-me a vestir alguma coisa, preparando chá, até que ele chegasse. A mudança de fechadura foi rápida e paguei-lhe o que devia, despedindo-me dele e agradecendo pela rapidez e eficácia. 
Não tardei a ter notícias dos meus pais a dizer que chegariam a meio da tarde, pelo que apenas lhes respondi que estaria por casa.
Dirigi-me até à porta de Wade e toquei à campainha, esperando que alguém me atendesse.

Ri-me quando senti o impacto na porta com a sua rapidez em entrar em minha casa.
- Queres matar-me? - provoquei-o, olhando para ele e constatando que ele vestira um casaco. - Isso foi rapidez. - admiti, fechando a porta. - O que tu fazes para teres a minha companhia... - sorri de forma convencida e abanei a cabeça. - Até só vestes um casaco. - brinquei com ele, puxando-lhe o fecho na brincadeira. - Seu descarado. - acusei, rindo-me e afastando-me para a cozinha.

- Depende. - respondi de volta com um sorriso provocador - Já estás assim e eu ainda nem fiz nada. - provoquei seguindo atrás dela - Eu sei que preferias que eu não o tivesse vestido mas não quero ficar doente. - acrescentei ainda a sorrir - E eu é que sou descarado? Por favor.

Revirei os olhos e entrei na cozinha, apontando para o pão.
- Vou fazer as torradas, seu convencido. - declarei. - E não sei mesmo o que queres dizer com isso. - ri-me. - Sim, sim. Se estivesses preocupado com isso, ias vestir-te. Mas estavas com pressa para usufruir da minha companhia. - brinquei.
Comecei então a fazer as torradas de que lhe tinha falado, preparando chá ao mesmo tempo.

Ajudei-a a colocar algumas das coisas em cima da mesa e sentei-me a observá-la, sorrindo - Claro, tu sabes que não vivo sem a tua companhia. - recostei-me - É como tu. - acrescentei com um meio sorriso nos lábios.

Olhei para ele por cima do ombro e abanei a cabeça.
- Tu estás mesmo à espera que eu admita que não vivo sem ti? - brinquei com ele, rindo-me. - A minha companhia é a melhor de sempre, eu sei. - sorri de forma inocente.
Fingi estar muito ocupada a olhar para a água a ferver.
- Já tu... És um fraco, nem és assim tão bonito e és muito chato. - provoquei, divertida, como quem não quer a coisa. - Muito fraco, devo dizer. - enfatizei, evitando rir-me e espreitar a sua reação.

Bufei para o ar - Nunca vais admitir mas não é preciso porque eu sei, não vale a pena. - esperei que ela acabasse de arranjar as coisas para o nosso pequeno-almoço - Tu é que não vês a minha força porque eu não a mostro senão depois ainda era pior para me largares. - provoquei.

Ri-me.
- Já nem digo mais nada. Vejo como estás iludido. - brinquei com ele.
Acabei de preparar o nosso pequeno almoço e coloquei-o na mesa.
- Aqui está. - sorri. - E tu só não me mostras a tua força porque não a tens. - provoquei, sorrindo de forma inocente.

- Eu iludido? Queres mesmo voltar a esta discussão? - provoquei com um meio sorriso enquanto a ajudava a levar o resto das coisas para a mesa - Não puxes por mim, Daisy. Podes não gostar depois. - disse-lhe.

Ri-me.
- Quero, pois. - provoquei-o, sorridente. - Porque irás acabar por compreender que eu tenho toda a razão do mundo. - pisquei-lhe o olho.
Abanei a cabeça com a sua pequena ameaça e fiz-lhe uma careta divertida.
- Cuidado com ele que é muito forte e feroz. Pior que o lobo mau. - ri-me ainda mais.

Abanei a cabeça, sentando-me novamente - Não não tens. Acho que já deu para perceber quem é que daqui está iludido. - provoquei com um meio sorriso - Deixa lá de ser engraçadinha e despacha-te que estou cheio de fome.

Revirei os olhos e sentei-me numa cadeira, depois de tudo já estar na mesa.
- Não sejas resmungão. Come. - fiz-lhe uma careta e toquei na ponta do seu nariz com o dedo. - És um parvo. - acusei, rindo-me. - E és mesmo um fraco. Nem provas que não. - provoquei.

Bufei antes de me agarrar a uma das canecas que estavam em cima da mesa - Não sejas irritante, Daisy. - provoquei com um meio sorriso - Assim vou ter de dizer aos teus pais como andas uma melga.

Peguei na outra caneca e bebi um bocado de chá, abanando depois a cabeça.
- Podes dizer à vontade. É logo um passo para um deles te adorar e o outro te odiar. - ri-me.
Fiz uma pequena careta.
- Hm... - comecei. - Eu acho que és capaz de conhecer os meus pais, já. - disse calmamente. - Não cara a cara, mas... - fiz uma careta.

Encolhi os ombros com um sorriso enquanto bebericava o meu chá - Acho que vou correr esse risco. - disse num tom divertido. Juntei as sobrancelhas ao ouvi-la - O que é que queres dizer?

Abanei a cabeça ao ver o seu sorriso.
- Parece que estas mesmo com vontade de conhecê-los. - brinquei com ele.
Peguei numa torrada enquanto encolhia os ombros levemente, preparando-me para lhe explicar.
- Sabes aquelas bandas que foram bastante famosas? E que, mesmo passado anos, continuam? Mesmo que não seja como inicialmente? - fiz uma pequena careta. - Os meus pais são de uma dessas bandas. - olhei para ele. - Tipo... os dois. - voltei a fazer uma pequena careta.