Sydney Habor
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Sydney é uma cidade com sol, calor e diversão, mas como em todas as cidades, há sempre um lado negro que espreita. Turista, residente ou apenas de passagem, é melhor ter cuidado ao passar pela cidade mais sedutora da Austrália.

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Mensagem por Eva Stone 16.06.16 21:38

Quarto dos irmãos:
Quarto do pai:
Cozinha:
Eva Stone
Eva Stone


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Casa         Empty Re: Casa

Mensagem por Eva Stone 29.08.17 1:29

*Uma semana depois*
Assim que o meu despertador tocou, fazendo com que o seu som ecoasse por todo o quarto, limitei-me a esticar a mão para o telemóvel, desligando-o num ápice. Já estava acordada há muito tempo, aliás, começava a achar que estava a chegar a um ponto em que não precisava mais de ser despertada. Ultimamente andava com dificuldades em dormir, tinha a cabeça demasiado cheia de tudo para conseguir adormecer descansada. Já tinha passado uma semana desde aquela noite e eu ainda não tinha conseguido esquecer. Nunca mais tinha falado com ele, nunca mais tinha ouvido falar nele, nunca mais tinha sabido do que quer que fosse. Ainda assim, não me ia permitir ficar a pensar naquilo durante muito mais tempo, ele continuava a ser um nojento irritante e era isso que importava. Soltei um longo suspiro, passando as mãos pela cara, para as esfregar, e depois esforcei-me por me levantar da cama. Não podia ficar ali muito mais tempo, precisava de acordar para ir preparar o pequeno almoço para o meu pai, a última coisa de que precisava era que se passasse comigo. Assim sendo, vesti o meu robe, apanhei o meu cabelo num rabo de cavalo e dirigi-me para a cozinha. Ovos mexidos, bacon e uma chávena de café: esta era a receita de todos os dias. E se faltasse um único passo que fosse, já sabíamos qual era o resultado.
- Bom dia.- estremeci assim que a sua voz se fez ouvir.- a comida já está pronta? - o meu pai perguntou, sentando-se na sua cadeira, à cabeceira da mesa.
- Sim.- murmurei, começando por lhe pousar a chávena do café à frente.- espero que esteja do teu agrado.- continuei, virando-me novamente para o balcão, para conseguir ir buscar o resto das coisas.
- Os teus irmãos? Onde é que estão?
- Em casa de uns amigos.-respondi, ao mesmo tempo que lhe pousava o prato com a comida à frente.- foram para lá estudar, no final do dia vou busca-los.- engoli em seco, voltando a virar-lhe as costas e, enquanto ele comia, comecei a tratar do resto da loiça. Tinha tudo para ser uma manhã calma. Tinha tudo para ser um bom dia. Pelo menos era o que eu achava...até ouvir um estrondo.
- Merda, Eva! - afinal alguma coisa tinha falhado.- quantas vezes tenho de dizer para não queimares a merda do café? - e quando dei por mim, já os meus cabelos estavam a ser apertados pelas suas mãos.- nunca fazes nada bem! - ele continuou a gritar, levando-me a soltar um pequeno gemido.
- Pai...- sussurrei, tentando controlar as lágrimas.- para, por favor...- eu ainda tentei, mas não valia a pena.
- És igualzinha à tua mãe!! - a sua voz já ecoava por toda a casa. E ainda que eu tentasse, já as lágrimas me escorriam pela face.- não serves para nada, não sabes fazer nada.- e quanto mais eu me debatia, mais os meus cabelos eram puxados, mais o meu corpo era pressionado contra o balcão, mais o medo me consumia o corpo.
Eva Stone
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Casa         Empty Re: Casa

Mensagem por Eva Stone 29.08.17 3:24

Eu já sabia o que estava a acontecer. Quase que conseguia adivinhar-lhe os passos. Primeiro era o cabelo, depois eram as chapadas, e se estivesse num dia de muito azar, passava depois para os pontapés. Era sempre igual. E se não era por causa do álcool, era porque alguma coisa não estava bem. Ou porque simplesmente se lembrava da minha mãe. Desde o dia do meu nascimento que eu era a culpada de tudo. Ela tinha morrido ao dar-me à luz, e ele nunca me tinha perdoado por isso. Como se eu tivesse culpa.
- Larga-me! - supliquei, desta vez um pouco mais alta.- por favor, pai, para com isto! - praticamente gritei, sentindo o salgado das minhas lágrimas escorregar até aos meus lábios.- eu faço-te outro café, mas para com isto! - continuei a debater-me contra os seus braços, até o sentir atirar o meu corpo para o chão.
- Tu nunca fazes nada do que eu te digo.- ele continuou, com os seus olhos completamente raiados de sangue.- tu mataste-a e mesmo assim não me obedeces!! - e mal as palavras lhe escaparam pela boa, já os seus pés me acertavam por todo o corpo, fazendo-me gemer de dor.
- Pára! - ainda consegui gritar-lhe.- eu não matei ninguém, eu não tenho culpa de ter nascido! - continuei, tentado que a voz que me restava ainda fosse suficiente para que ele me ouvisse, mas eu sabia que já nada o conseguiria impedir de continuar. E isto era tão verdade que a última coisa de que me lembro foi de sentir uma forte pancada na minha cabeça e, de seguida, tudo se apagou.
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