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Mensagem por Luke Corden 30.06.16 11:46

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Mensagem por Eva Stone 04.07.16 0:17

Se existiam momentos em Luke me deixava confusa e sem conseguir decifrar o seu estado de espírito, aquele não era um deles. Apesar de no início querer só provoca-lo, rapidamente percebi que a cena do ''não me toques ou eu mato-te'' era mais séria do que aquilo que eu tinha noção. Mordisquei ligeiramente o meu lábio inferior, sentindo-me algo arrependida por ter puxado a corda, mas limitei-me a sair da mota, acabando por ignorar a sua provocação ou ameaça ou o que quer que aquilo fosse. Também não me ia rebaixar ao ponto de dar parte fraca. Não era como se uns toquezinhos fossem o fim do mundo, não é? Limitei-me a segui-lo até à entrada do prédio e não precisava sequer de olhar muito para perceber que aquilo não tinha rigorosamente nada haver com o sítio onde eu vivia. Era literalmente o oito e o oitenta. Ignorei o silêncio que se instalou entre nós dentro daquelas quatro paredes do elevador e assim que a porta de sua casa se abriu, entrei.
- Ouve, eu não sabia que eras assim tão anti toques, ok? - acabei por quebrar o gelo, antes que ele decidisse virar-me costas.- eu estava só a meter-me contigo.- encolhi os ombros.- mas pronto, peço desculpa se exagerei.- dei por mim a revirar ligeiramente os olhos, passando as mãos pelos meus cabelos rebeldes e antes que ele tivesse sequer tempo para me responder, virei costas. Não sabia se ele me ia desculpar ou não, o mais provável era que mantivesse aquele ar de menino mimado, mas já tinha feito a minha parte.
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Mensagem por Luke Corden 04.07.16 0:41

A última coisa que queria naquele momento era chatear-me. O dia começou mal e eu queria ver se terminava de uma forma oposta. Eu tentava perceber o porquê de as pessoas não acatarem regras, eu tinha regras. Eu fazia as minhas próprias regras e já que ela entrou no jogo não lhe custava cumprir.- Sabias  que eu avisei. – Cortei-lhe o diálogo e virei costas assentido ao que disse em seguida. – Eu sei que estavas, mas também te avisei. Não uma, mas duas vezes. – Larguei um suspiro e cerrei o maxilar quando me pediu desculpas. Como odiava quando as pessoas se desculpavam, aposto que nem sentiam realmente arrependidas. As pessoas, tal como eu, fazem o que querem; mas ao contrário de mim, pedem desculpas, como se isso perdoasse algum ato. Era apenas uma forma de conformismo próprio e alheio. Quem errava pedia perdão para se sentir bem consigo e quem perdoava aceitava o perdão para se sentir bem com a pessoa. As desculpas não se pedem, evitam-se, mas escusava de lhe dizer isso. Acho que percebeu a mensagem. Quando virou costas não consegui deixar que o meu olhar recaísse sobre o seu rabo, continuei a observar todos os seus movimentos, de forma minunciosa, até ela desaparecer da minha vista.

Notava o ar surpreendido que ela tinha ao observar a minha casa, como se tudo fosse...um luxo para ela. Nunca me tinha sequer aproximado de sua casa, sabia apenas que não era rica porque trabalhava e nunca a tinha visto com nada extravagante. Talvez lhe pudesse oferecer algo, quando ela merecer receber algo.Claro. Olhei para o meu relógio de pulso e mal me deparei com as horas corri um pouco para a casa de banho. Antes de sequer pensar em mim, armei-me em cavalheiro e liguei para um restaurante próximo. Encomendei alguns pratos, visto que não sabia o que ela gostava, e mandei vir o mais rapidamente possível, pagando a conta por telemóvel. O que eu podia fazer numa casa de banho. Gracejei, mentalmente. Faltava-me então quarenta minutos para sairmos de casa de forma a não chegarmos à festa muito tarde. Retirei a minha roupa imunda e coloquei-me debaixo do chuveiro. Instantaneamente a água deslizou pelo meu corpo, no ecrã tatil regulei a temperatura para uma mais fria do que habitual. Estava queimado e sentia a minha pele a arder. Que merda de sensação. À medida que passava o gel no corpo pensava no quão delicioso e prático seria se alguém me lavasse. Os pensamentos continuaram, mas não muito, que não tinha tempo para bater nenhuma agora. Saí da zona do duche com apenas uma toalha e aí ouvi a porta. – Podes abrir e aceitar. – Gritei para fora do quarto para que me pudesse ouvir. Não demorei muito a arranjar-me, passei um perfume, algum gel no cabelo e escolhi uma camisa branca e umas calças de ganga quais queres. Procurei o meu relógio grosso de cabedal favorito e calcei uns ténis azuis. Quando voltei a pousar o olhar sobre o relógio denotei que tinha passado quarenta minutos desde que tinha entrado na casa de banho, ou seja íamos chegar atrasados. Quando entrei na sala, passei a mão pela barba e olhei para ela, tentando começar uma nova pagina. Tentando esquecer a merda que tinha feito. Mas caralho, tinha-me desobedecido.  – Eva. Vamos jantar. – Indiquei-lhe.
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Mensagem por Eva Stone 04.07.16 0:59

E quase como se já o conhecesse há anos, que não era o caso, não me deixei admirar pela sua resposta. Já estava à espera. Contudo, não deixei que as suas palavras travassem a minha caminhada até à sua sala de estar. Se ele queria ser arrogante e autoritário, eu também podia jogar esse jogo. Estava farta que me falassem como quisessem e que fizessem de mim o que quisessem. A única pessoa que eu ia suportando era o meu pai porque de resto, não era obrigada, nem queria, aturar as merdas de quem quer que fosse. E o mais ridículo era que aquela birra de Luke, que não tinha mesmo outro nome, era apenas por causa de uns meros toques. Por amor de Deus, se ele era assim em cima de uma mota, nem queria imaginar quando estivesse na cama com alguém. Enfim. Decidi ignorar aqueles pensamentos, aproveitando a paz e o silêncio da sua ausência para me permitir observar a sua sala. Tudo tão arrumado, tão bonito, tão...tão perfumado e com aspeto de custar mais do que todas as divisões de minha casa juntas. Eu já tinha conseguido perceber que ele tinha dinheiro, bastava olhar para a forma como se arranjava e as coisas que vestia, mas acho que só naquele momento é que estava a conseguir ter uma pequena perceção da dimensão da sua riqueza. Quem pode pode, não é verdade? Permiti-me recostar no seu sofá, ajeitando algumas almofadas atrás das costas e estava prestes a dormitar nem que fossem por alguns segundos, visto que alguém me tinha feito sair da cama mais cedo do que o previsto, quando o som da campainha ecoou por toda a casa. Abri os olhos de repente, acompanhando aquele movimento com um arquear de sobrancelhas e estava a preparar-me para ir à procura de Luke quando o ouvi gritar-me para abrir a porta e aceitar o que quer que fosse que estava do outro lado.
- Mandão do caralho.- resmunguei, não conseguindo esconder a minha frustração, e estive mesmo para não lhe obedecer, mas a campainha voltou a tocar. Dirigi-me apressadamente até à porta, abrindo-a a tempo de impedir um outro toque e acho que o rapaz que se encontrava à minha frente, com três sacos de plástico nas mãos, ficou bastante confuso com toda a minha admiração ao olhar para ele.
- Esta não é a casa do senhor Luke Corden? - ele perguntou, originando uma gargalhada da minha parte.
- Senhor..- gozei baixinho, de forma a ser-lhe impercetível, mas rapidamente assenti.- sim, está na casa certa.- disse e estiquei depois as mãos para os sacos, agradecendo-lhe e fechando a porta atrás de mim logo de seguida. Voltei a encaminhar-me para a sala, intrigada com toda aquela quantidade de comida e ia pousar os sacos sobre a mesinha de centro quando a voz de Luke me penetrou os ouvidos, fazendo-me virar de imediato na sua direcção. Engoli em seco, sentindo o meu olhar percorrer o seu corpo e tentei ignorar o seu cheiro, que me inundava o nariz de prazer. Estás chateada Eva, não te podes esquecer disso! Mas ele estava tão arranjado e...Eva! - agradeço que pares de me dar ordens.- obriguei-me a falar, dirigindo-lhe o olhar mais ameaçador que consegui.- eu não sou as gajas que levas para a cama.- rosnei.- por isso, se queres jantar, levas tu a merda dos sacos para a tua cozinha.- interrompi a minha fala para lhe entregar os sacos.- e eu vou jantar se me apetecer.- atrevi-me a fixar o meu olhar no seu, dando um passo na sua direcção.- se tu não gostas de toques, eu não gosto de ordens.
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Mensagem por Luke Corden 04.07.16 1:13

Os sacos estavam ainda com os pratos por abrir. Se ela tivesse a esperteza de os tirar de lá via que estava tudo pronto a comer, incluindo os talheres. Algo que me certifiquei. A maneira como ela me falou fez-me semicerrar os olhos e ponderar melhor as minhas palavras, mas a minha vontade de lhe responder mal soou mais alto. – Eu sei que não és as gajas que levo para a cama. Se não, não te encontravas aqui para comer uma refeição. E não me fales assim. – Sentei-me na cadeira e olhei para ela, acho que se o olhar matasse ela já estaria morta e o seu sangue estava todo nas minhas mãos. Tinha vontade de esmurrar tudo à minha volta. Que raiva, caralho. – Tu vais jantar e ponto final. – Murmurei num tom ríspido e levantei-me da cadeira. Não sei porque raio me tinha sentado se já sabia que isto ia dar para o torto. Coloquei as minhas mãos sobre os ombros dela e suspirei. Fixei o meu olhar no dela e penetrei-o de forma intensa. Ela enervava-me, mas este contacto visual enervava-me realmente mais.– Então vamos-nos dar muito mal, porque eu tenho regras. E se não queres jogá-las, podes muito bem sair do jogo. – Embora as palavras fossem mais longas foram ditas com algum odio e uma intensidade louca. Mas quem é que porra ela pensa que é? Eu não tolerava aquilo. Larguei-a e peguei num prato qualquer dirigindo-me para a cozinha. Tinha perdido a vontade de comer e isso fazia-me ainda mais nervoso. Podia ver as veias dilatadas na minha mão e aposto que não eram as únicas. Estava demasiado tenso para conseguir pegar em algum talher ou até para ingerir alguma coisa. Isto tirava-me do sério e eu não estava para isso. 
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Mensagem por Eva Stone 04.07.16 1:40

Se eu já estava enervada com toda aquela situação, pior fiquei com a forma como Luke me respondeu. Mas porque é que ele insistia em manter aquele tom comigo? Juro que me estava a passar. Quem é que ele pensava que era? O rei disto tudo? Só porque tinha dinheiro já lhe dava o direito de se achar superior a toda a gente. Não estava para aturar estas merdas, é que não estava mesmo.
- Larga-me.- murmurei, ainda com o meu olhar posto no seu, assim que senti o seu toque nos meus ombros. O que mais me irritava no meio disto tudo era que, por mais irritada que estivesse, o seu olhar preso ao meu não provocava nada menos do que arrepios no fundo da minha vida. E eu não conseguia desviar, mesmo que quisesse. O problema era que não sabia se queria. Aliás, havia muito pouca coisa que eu soubesse naquele momento.- mas quem é que tu pensas que és? - resmunguei, dando um pequeno abanão nos meus ombros para que me largasse.- o único rapaz à face da terra? Eu já te disse que não tenho medo de ti.- respondi-lhe.- e a vida não é um jogo.- tive de elevar o tom de voz, visto que me começava a virar costas.- não podes manipular as pessoas para as coisas correrem como tu queres, é impossível.- cuspi, sentindo um calor imenso subir-me para as bochechas e foi aí que me apercebi de que estava mais irritada do que aquilo que era suposto. Como é que ele me conseguia por assim? Ou melhor, como é que eu deixava que isso acontecesse. Revirei os olhos sabe-se lá bem a quê, deixando escapar um gritinho de exasperação e depois de alguns segundos a tentar acalmar-me, decidi ir também para a cozinha. O que valia era que tinha mesmo fome e queria ir para a festa, caso contrário, já tinha ido embora daquela casa. Aproximei-me em silêncio da mesa que lá havia, agarrando num dos sacos e sentei-me mesmo em frente de Luke, começando a abrir uma das embalagens com comida. Peguei também nos talheres, desembrulhando-os e antes de começar a comer, decidi voltar a focar o meu olhar no seu, ainda que por breves instantes, acabando mesmo por soltar um suspiro cansado antes de começar a comer.
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Mensagem por Luke Corden 04.07.16 15:37

A sua boca mexia-se mas eu não conseguia compreender o que me dizia. Depois de a ter ouvido dizer para a soltar das minhas mãos, uma série de incompreensão e tensão recaíram sobre os meus músculos, deixando-os rijos. Fiquei apático por alguns segundos, sem nunca demonstrar isso de maneira alguma, e retirei as minhas mãos mal caí em mim. Não ouvi mais nada do me disse, estava impassível e tinha perdido a vontade de comer. Esta miúda deixava-me fora de mim e se não fosse uma gaja tinha-lhe espetado o maior murro da minha vida.
Aliviei um pouco a tensão dos braços com uma ou duas esticadelas e retirei um garfo do guardando, começando a comer quando ela se juntou a mim, de forma a não dar parte fraca. Demorei pouco a comer, não pensava sequer em mastigar porque o meu palato estava cortado. – Nem olhes para mim. – Murmurei com uma voz grave e rouca quando ela tentou focar o seu olhar no meu. Nem pensar. Tinha sido a última vez que aquela gaja tinha pousado os pés na minha casa. Deve pensar só porque me fez um favor qualquer que lhe devia algo. Ela é que me devia tudo, até respeito.

Estava cansado, estava com demasiada tensão acumulada para ir algum lado. Mas em casa a partir as merdas é que não ficava. Logo já fodia ou arranjava um gajo para depositar a minha raiva. – Vou lavar os dentes quando vier, está pronta. Se não vais sozinha. - Anunciei numa forma de prevenir futuras discussões. Estava demasiado nervoso para que fosse discutir com ela, acho que atirava tudo pelos ares. Mas que grande merda. Que grande caralho. Dirigi-me muito rapidamente à casa de banho e lavei os dentes, coloquei mais um pouco de perfume e escondi a carteira e o telemóvel no bolso de trás das calças. Quando cheguei à sala olhei para ela, sem seguida desviei o olhar  e continuei a andar para o elevador. Deixei a porta de trás aberta para que me rastreasse. Era bom que viesse, na minha casa a cuscar tudo é que não ficava.
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Mensagem por Eva Stone 07.07.16 21:53

Como seria de esperar, Luke deu a típica resposta de menino amuado, não dizendo uma única palavra durante todo o jantar. Não queria saber. Ainda agora tinha chegado ali e já estava farta das merdas dele. Mas quem é que ele pensava que era? Limitei-me a revirar-lhe os olhos, continuando a comer o que tinha no prato enquanto ele fazia o mesmo. A verdade é que já tinha perdido a vontade de fazer o que quer que fosse, inclusive comer. Ainda assim, não lhe ia dar esse gostinho, e muito menos ia voltar para casa mais cedo só por causa de um menino da mamã amuado que tem a mania que pode mandar em tudo e todos. Limitei-me a assentir assim que finalmente se voltou a ouvir a sua voz, e só não o mandei para o caralho porque não me apetecia ir a pé, e a universidade ainda ficava longe. Aproveitei para arrumar a loiça que tinha sujo, enquanto esperava que descesse, e assim que ouvi uma porta a abrir-se, percebi que a princesa já estava pronta. Peguei rapidamente na minha mala, enfiando o meu telemóvel na parte de trás das calças e segui atrás dele sem dizer uma única palavra. Se ele queria brincar e ser idiota sem razão, eu também o podia ser. Não tinha problemas com isso. Aliás, de problemas a sério já estava eu cheia.
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Mensagem por Luke Corden 08.07.16 12:25

A viagem de elevador não tinha tido a duração mais curta de sempre e o facto de ser feita em silêncio fez-se sentir no tempo. Eu tinha mais do que fazer para ficar a discutir, a minha vida nunca foi um conto de fadas e ela não estava de passagem para a arruinar ainda mais. Sei que talvez parecesse atitudes de menino mimado, mas se ela me conhecesse realmente, algo que não vou deixar, tinha engolido aquelas palavras. Às vezes apetece-me bater-lhe só porque me julga, algo que não admito a ninguém. Mas por enquanto tenho princípios e não bato a mulheres.

Coloquei as minhas mãos nos bolsos e bati o pé enquanto observava os números a descer, até que parou no terceiro andar. Toquei logo no alarme do prédio e fitei a sua cara para ver se ela ficava claustrofóbica, ou com outro tipo de medo qualquer. Era só o que mais me faltava ela desmaiar aqui. Principalmente, porque começava a sentir o meu estômago a apertar, o ar parecia ficar pesado e quando dei por mim tinha acabado de dar um pontapé à porta do elevador. – Que grande merda, fodasse. – Resmunguei e deslizei pelo elevador sentando-me no chão. Acho que percebo um pouco o porque de passar por menino mimado, confunde-se com as minhas atitudes de alguém revoltado com todos. – Deve demorar. - Murmurei e encostei a cabeça à parte de trás do elevador. Ao fundo já se ouviam barulhos do técnico, mas para mim aquilo era sinal que nada estava nas minhas mãos e isso provocava um sentimento agoniante em mim. Tinha que dar uma de forte e graças à minha grande mascara ela nunca iria perceber que aquilo me afetava. – Estás bem? – Perguntei baixo enquanto fitava os seus sapatos. 
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Mensagem por Eva Stone 09.07.16 21:03

Como se todo aquele silêncio já não fosse suficientemente estranho e intimidante, quando estávamos quase a chegar ao andar que nos dava ligação à rua, o elevador deixou de parar de repente, fazendo-me olhar de imediato para Luke. Não era que tivesse medo do que estava a acontecer, porque não tinha, mas não deixava de ser ligeiramente assustador.
- O que é que se passou? - dei por mim a perguntar, apesar de saber perfeitamente o que era e dei por mim a esquecer tudo o que se tinha passado entre nós quando vi o seu corpo enrijecer de um momento para o outro, ao mesmo tempo que se deslizava pela parede do elevador até ficar sentado no chão. Mordisquei ligeiramente o meu lábio inferior, não conseguindo desviar o olhar e ao ouvir a sua pergunta, acabei por seguir o seu exemplo, sentando-me ao seu lado.- eu estou.- respondi, deixando escapar um leve suspiro e desviei o olhar na sua direcção, reprimindo a vontade que tinha de lhe tocar.- e tu? - perguntei, observando o seu maxilar contraído.- pareces nervoso.- atrevi-me a comentar, deixando a cabeça cair até se encostar na parede.- não te preocupes, daqui a nada já estamos fora daqui.
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Mensagem por Luke Corden 09.07.16 21:22

- Claro que estou bem. – Retorqui e desviei o olhar para o vidro do elevador que nos cercava. Como parecia tudo tão pequeno agora. O cheiro do meu perfume circundava-me e sentia-me um tanto agradado por isso. Sentia os olhos de Eva sobre mim isso fez-me distrair durante alguns segundos fazendo-me elogiar, mentalmente, a minha aparência física. Tínhamos tempo se ela quisesse fazer alguma coisa, eu certamente que não me iria controlar, mas a nossa historia chegava ao fim. Eu não repito cromos, não mantenho qualquer tipo de contacto depois. Sou distante e gosto de ser assim. – Não te atrevas a analisar-me ou a interpretar-me, só eu sei o que sinto por isso não inventes. – Resmunguei. – Não te disse que já estava bem? – Abanei a cabeça um tanto chateado e passei os meus dedos sobre ele, como se de um tique nervoso se tratasse. Esta gaja era demasiado atenta para meu gosto, mais um pouco e afasto-me dela. Não gosto nada destas merdas. – Daqui a nada, quando estes atrasados se despacharem.  Espero que seja hoje. – Ciciei contra a parede espelhada contrariando a minha vontade e de gritar e forçar-me a sair dali. -  Se queres continuar a … ser minha – os adjetivos faltavam-me, nunca tive que rotular ninguém. Demorei um pouco até conseguir algo que encaixasse com a descrição. – Amiga. – Completei. Eu não acredito em amizades, as pessoas não querem o bem dos outros. Aproveitam-se e eu não vejo uma luz ao fundo do túnel com ela. Talvez seja porque sou rico, giro, não sei. – Tens de saber lidar comigo, eu sou um sujeito sem compaixão. – Afirmei um pouco mais alto do que queria. Era a mais pura da verdade.
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Mensagem por Eva Stone 09.07.16 21:35

Luke tinha a peculiar capacidade de me fazer arrepender de dizer o que quer que fosse num abrir e fechar de olhos. Mas porque é que eu ainda tentava amenizar as coisas? Mas porque é que eu ainda era estúpida a esse ponto? Já tinha dado para perceber que a reação dele ia sempre ser a mesma. Era um idiota de merda e nunca ia mudar, pelo menos isso já tinha percebido.
- Mas quem é que te disse que eu te estava a analisar? - revirei os olhos.- não é como se fosse preciso ser muito observador para perceber que estás todo nervosinho.- resmunguei, desviando logo o olhar. Não me apetecia mais olhá-lo sequer. Voltei a revirar os olhos, soltando mesmo um gritinho frustrado e acabei por me levantar, passando ambas as mãos pela minha t-shirt. Ele conseguia irritar-me de uma forma que me deixava ainda mais fora de mim. E eu já fervia em pouca água com muita facilidade. Ignorei tudo o que me disse a seguir, dando alguns passos até à parede oposta àquele onde ele estava sentado e acabei por me encostar à mesma, ouvindo-o depois apresentar-me a condição de ser sua amiga. A minha primeira vontade foi rir-me na sua cara, afinal de contas, quem é que ele pensava que era? O único rapaz à face da terra? Ainda assim, não o fiz, já estava farta daquela sua cara de corno.- ah, mas és meu amigo? - perguntei, sem ironia alguma.- é que eu não sabia que era possível tratar-se os amigos como me trataste à alguns minutos atrás.- encolhi os ombros.- mas tudo bem, já percebi que se me quiser dar contigo, tenho de ser o teu animal de estimação.- resmunguei, revirando os olhos pela terceira vez. Se os entortasse, já sabíamos de quem era a culpa.- só não fiques a achar que estou disposta a isso.- encolhi os ombros.- não me rebaixo perante ninguém.- murmurei, acabando mesmo por engolir em seco. Havia apenas uma pessoa que me conseguia meter naquele estado, e eu não ia deixar que Luke fizesse o mesmo.
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Mensagem por Luke Corden 09.07.16 22:00

As suas palavras ecoaram pelo elevador, ou então pela minha cabeça. Não sei. Eu sou um idiota, às vezes ainda quero acreditar em pessoas melhores. Diferentes de mim que me provem o contrario do que eu penso. Talvez eu veja o mundo como ele é: as pessoas são todas umas valentes merdas.  – Então se tens tantos problemas em aturar-me porque continuas a fazê-lo? – A minha pergunta saiu-me sem pensar muito nela, foi algo honesto e só por isso merecia resposta. Ou talvez eu a quisesse. Penso que quebrei durante alguns segundos, mas rapidamente voltei a mim, mais forte do que anteriormente. Eu era assim, deixava cair uma barreira e quando se aproveitavam eu construía uma ainda maior. – Este é o meu feitio. Não trato bem as pessoas. – Eu importava-me à minha maneira, mas ninguém precisava de saber disso. Eu não preciso que saibam que ajudei, ou que me preocupei. Isso para mim é merda. – Tu não és de te rebaixar… - Comentei um pouco pávido com toda a situação. Eu tinha chamado alguém de amigo e tinha sido tratado como merda. Para o caralho, se não percebe que até fiz um esforço ligeiro com ela. Não volto a fazer isso com mais ninguém. – E eu vou respeitar isso. Mas estás com essas merdas até parece que te obriguei a estares comigo. – Levantei-me do chão quando ouvi a porta a abrir-se e passei por entre os homens sem sequer agradecer. Estava demasiado chateado para isso. Retirei as chaves da mota já sem vontade de ir à festa e peguei no meu telemóvel com o intuito de chamar um táxi para ela.
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Mensagem por Eva Stone 09.07.16 22:16

E mais uma vez, ali estava eu, arrependida do que tinha dito. Ainda assim, desta vez as coisas eram diferentes...desta vez eu não estava arrependida de ter dado o braço a torcer, mas sim das coisas que lhe tinha dito. Era verdade que ele me irritava mais do que tudo nesta vida, ainda que eu não conseguisse perceber como é que era possível, mas eu não queria que ficasse chateado, ou magoado ou...ou ainda mais irritado comigo. Havia alguma coisa em mim que não queria que ele se afastasse. Soltei um longo suspiro, passando ambas as mãos pelo cabelo e quando me preparava para lhe responder, já as portas do elevador se estavam a abrir.
- Luke...- murmurei, pronta a tentar impedi-lo de sair, mas para variar, ele já estava dez passos à minha frente. Merda. Merda. Merda. Dei uma corrida até junto dele, passando assim sem dizer uma única palavra aos homens que arranjavam o elevador e assim que cheguei ao exterior, parei à sua frente.- desculpa.- foi a primeira coisa que disse.- eu exagerei, não eram bem aquelas coisas que queria dizer.- murmurei, baixando o olhar durante breves segundos para o seu telemóvel.- eu quero dar-me contigo.- e antes que eu tivesse tempo para pensar, já as palavras me estavam a sair pela boca.- e quero porque és a única pessoa que não faz perguntas, que não me chateia a cabeça, apesar de seres muito irritante.- esbocei um pequeno sorriso, voltando a fixar o meu olhar no seu.- porque és a única pessoa com a qual eu consigo ser eu mesma sem pensar no que quer que seja.- encolhi os ombros, revirando os olhos mentalmente. Não acreditava que estava mesmo a dizer aquelas merdas.- podes desculpar-me? - pedi, atrevendo-me a dar um passo na sua direcção.- ainda quero ir contigo à festa.- mordisquei o meu lábio inferior de forma distraída.- achas que ainda é possível?
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Mensagem por Luke Corden 09.07.16 22:34

- Para, Eva. – Supliquei-lhe e coloquei as mãos em cima dos ombros dela. – Se não te queres rebaixar, para. Não quero que vás contra os teus princípios por mim. – Esta era a minha forma de me importar com as pessoas, de cuidar delas à minha maneira. Odeio pessoas que voltam com as palavras atrás, que vão de desencontro com aquilo que pensam ou querem agir por causa de alguém. Essa é a explicação pela qual odeio desculpas, as pessoas agem como querem no momento, com a intensidade do momento isso não tira credito às palavras ditas, nem perdoa. Todavia quando a ouvi o seu pedido de desculpas uma sensação agridoce percorreu o meu corpo. – Não gosto de desculpas, já te disse. – Isto assim não funcionava. Eu ainda há algumas horas estávamos a discutir por ela me ter pedido desculpas e horas depois já estava a pedir novamente. Percebo a intenção, percebo o conformismo que se cria à volta das pessoas em relação a isso. Um pedido de desculpas serve mais para a pessoa se perdoar do que para serem perdoadas por outrem.
Retirei as minhas mãos dos ombros dela e observei os seus passos pequenos em minha direção. – Tu queres dar-te comigo, como meio mundo se quer dar comigo. – Suspirei de forma pesada. Mas não somos compatíveis, o meu tratar bem para ti é tratar mal e eu não sei, não quero nem vou tratar-te melhor. Eu não faço esforço por ninguém. Mas também não forço ninguém a continuar aqui. – Passei os meus dedos pela barba e observei-a ,de forma séria, quando se aproximou demasiado de mim. – Tu não me respeitas Eva. Não respeitas o que sinto, como gosto de ser tratado e eu não sou gajo para aguentar essas merdas.  – Bati com o pé do chão e afastei-a ligeiramente. Não acredito que estava a dar para trás uma miúda tão fodivel como aquela. – Eu não aceito perdões. Perdoa-te tu a ti mesma porque é esse tipo de perdão que estás à espera. – Volvi costas para ela. – É normal tu quereres vir à festa comigo, porque, apesar de tudo, eu não te tratei mal e continuo a ser aquele gajo bom que tu desejas ter na cama. - Virei-me, de forma repentina para ela e agarrei no seu queixo um tanto bruto. – Isto pode acabar hoje, de uma boa maneira.  – Murmurei junto dos seus lábios, sentido os seus lábios quentes a embaterem contra os meus.
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Mensagem por Eva Stone 09.07.16 23:10

Mas porque é que ele não conseguia aceitar um pedido de desculpas? Porque é que ele era tão irritante e complexo e...e...difícil de entender?!
- Porque é que não podes facilitar as coisas? - perguntei, não conseguindo esconder a minha frustração.- já conseguimos perceber que temos feitios e formas de pensar diferentes, mas isso não quer dizer nada.- ripostei, revirando os olhos quando o senti afastar-me de si.- e eu acabei de dizer que me queria dar contigo, não foi? - voltei a olhá-lo.- só preciso de aprender a lidar com esse teu feitio.- encolhi os ombros, mas ele não se calou. A minha sorte era que decidi desligar o meu cérebro a meio. Ele só estava a complicar o que era simples de resolver. Eu tinha exagerado, ele tinha exagerado...qual era a dificuldade de um pedido de desculpas? - ouve, mas podes calar-te e aceitar o meu pedido de desculpas? - resmunguei, mantendo a distância que ele tanto queria.- eu quero ir à festa contigo porque sou tua amiga e porque era isso que tínhamos combinado fazer.- disse, ignorando o seu comentário convencido.- não podemos colocar as desavenças de lado e fazer isso? - perguntei, deslizando as mãos pela cara, num ato de desespero e no preciso momento em que me ia recompor e esperar pela sua resposta, senti o meu corpo ser agarrado de repente. Abri os olhos de repente, deixando cair as mãos e quando a minha visão se conseguiu focar, a única coisa que consegui ver foram os olhos de Luke, extremamente próximos dos meus. Engoli em seco, sentindo os meus olhos caírem até aos seus lábios e senti cada bocadinho do meu corpo arrepiar-se com a sensação quente que a sua boca me proporcionava. Mas o que é que se estava a passar? Respirei fundo, tentando acalmar o meu coração acelerado e atrevi-me a deslizar as minhas mãos pelo seu peito, sentindo-me ligeiramente zonza com toda aquela mudança.- Luke...- sussurrei, sentindo a voz presa na garganta e só ao fim de alguns segundos é que consegui raciocinar as suas palavras. Não, não, não. Não podia dizer que aquilo acontecesse. Eu sabia como Luke era, e por muito que o meu corpo me estivesse a pedir para ficar a saber ainda mais, obriguei-me a fazer força nas minhas mãos, para o conseguir afastar.- o problema é que eu não quero que isto acabe.- foi a única coisa que consegui dizer, sem desviar o meu olhar do seu. Mordisquei o meu lábio inferior com força, como se ainda conseguisse sentir o toque macio dos seus lábios nos meus e acabei por abanar a cabeça, desviando depois o olhar para a sua mota.- podemos ir?
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Mensagem por Luke Corden 09.07.16 23:50

- Não. Não aceito pedidos de desculpa. Ripostei num tom de resmungo. Não pude deixar de concordar com o que a morena disse de seguida. Eu tinha combinado algo com alguém e não ia falhar à minha palavra por ela.
Embora estivesse de noite o luar que se situava por cima de nós dava claridade suficiente para que parecesse um final de tarde. A brisa estava quente e abafada, e no meio de tanto silencio ouviam-se apenas os mosquitos de volta do candeeiro de rua, que por pouco não me cegava. Quando me decidi aproximar dela, agi como um verdadeiro cobarde, queria acabar de vez com as chatices que ela provocava em mim. Eu estava bem sozinho. Era justo, ela ia ter a melhor noite da vida dela e eu nunca mais me tinha que chatear. Voltava ao que era antes e ficava ainda mais feliz. Eu sou feliz sozinho. Sou feliz quando não me questiono sobre as atitudes das pessoas, quando não espero nada delas. Sou feliz quando faço o que quero, quando digo o que quero. Por muito que não pareça eu continha-me tenuemente com ela.
A sua respiração acelerou sobre a minha, a minha mão sobre a sua anca despida sentiu todos os poros arrepiados e fez-me ter ainda mais vontade de a ter ali. Embora ela o quisesse, visto que eu conseguia senti-lo de diferentes maneiras, a morena acabou por tomar uma atitude consciente. Sinceramente não sei como conseguiu pensar. Tens a certeza? – Inquiri junto do seu ouvido e passei a ponta da língua pelo seu lóbulo. Sabes que nunca vais achar um gajo como eu. Eu sei o que gostas, o que queres. – Agarrei bem no seu cabelo e da minha forma bruta virei a sua cabeça até ficar de frente com ela. Vá agora tiras as mãos de cima de mim. Exigi enquanto a largava e procurava as chaves do carro. Não ia voltar a ir de mota com ela. Tinha que saber limites com ela. Sabes o que tens que fazer se não queres que isto acabe. Comporte-se Eva. – Deixei-me brincar um pouco com toda a situação e gargalhei ao ver a sua face ruborizada. Estas mulheres são todas iguais. Agora vamos a pé, não me meto nesta merda de elevador novamente. – Talvez eu não aguentasse tê-la em quatro paredes, confessando: eu também estava meio espigaitado com a sua presença. Abanei a cabeça e foquei-me em inúmeros outros assuntos, como o combate que iria ter dentro de dias. Devia estar a treinar, mas que se foda, sou bom. Mal acabei de bordar todos os meus pensamentos já havia chegado junto do meu carro, do meu precioso Porsche que eu tanto adorava.
Assim que entrei vislumbrei-o ,mais uma vez, de forma encantada. Os seus estofos cor de toupeira enchiam a minha vista, esta cheia de vaidade. Adorava exibi-lo. O meu pai é um filho da puta mas sabe escolher carros. Coloquei o cinto e ordenei que ela fizesse o mesmo, não corro riscos desnecessários. Quando liguei o carro o motor do mesmo emitiu o som perfeito para os meus ouvidos, mas logo de seguida foi interrompido pelas minhas colunas que gritavam uma banda de rock qualquer.
O silencio que estava no carro, entre nós, não era desconfortável, era algo que eu gostava e me fazia querer gracejar com a sua repentina timidez. Caralho, eu adorava conseguir provocá-la, faze-la implorar por me ter no meio das suas pernas. Mas a vida é injusta e começo a ter pena dela por isso.
A velocidade a que ia era muito superior à que eu conduzia com a mota, não se conseguia ver a paisagem com nenhum detalhe. Confiava muito na minha condução e sabia bem o que estava a fazer, desde que não retirasse os olhos da estrada. O que não fiz. Ao fundo da rua o pavilhão da festa começava a assombrar-me a vista, assim como a tonelada de carros que já estava estacionado a um quilómetro. Caralho, vou ter que estacionar longe da festa.
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Mensagem por Eva Stone 10.07.16 0:26

Não respondi a uma única palavra de Luke. Não podia. Tinha acabado de prometer a mim mesma que não ia voltar atrás com a minha decisão, não podia. Ainda que o meu corpo estivesse completamente anestesiado pelo seu toque, ainda que a minha boca continuasse a ansiar pelo calor dos seus lábios, eu não podia. Primeiro porque tinha deixado bem claro, ainda que tivesse sido apenas na minha cabeça, que não me ia envolver com ninguém. Não confiava nos homens por isso, não me podia, nem ia, entregar a quem quer que fosse. E segundo, era Luke. E Luke era o último rapaz com quem eu me queria envolver, mesmo que o meu corpo estivesse a mostrar o oposto. Só precisava de chegar à festa, fumar ou tomar a primeira coisa que me aparecesse pela frente e depois ficava bem. Engoli em seco, ainda a tentar apagar a sensação de todos aqueles seus toques na minha pele e quando percebi que afinal não íamos de mota, limitei-me a assentir e a segui-lo para onde quer que fosse. Não queria falar, pelo menos enquanto a minha respiração e o meu coração não estivessem estabilizados, preferia estar calada. Tinha acontecido tudo demasiado depressa e estava a ser tudo demasiado estranho para eu conseguir sequer ter uma reação normal. Como é que ele se debatia tanto para que não lhe tocassem mas me tocava daquela maneira de um momento para o outro? Ele deixa-me tão confusa que o melhor era mesmo parar de pensar nisto. Ou tentar.
Os meus pensamentos dissiparam-se, assim que percebi que estávamos num sítio diferente e quando a minha visão se focou, percebi que estávamos na sua garagem. Escusado será dizer que nem me dei ao trabalho de me admirar com o seu carro, já tinha percebido que tudo o que era seu, era capaz de me deixar de queixo caído. Incluindo o próprio Luke, mas isso era outra conversa. Esperei que destrancasse o carro, para poder entrar, e quase ainda não me tinha sentado quando Luke me dirigiu o mesmo olhar de quando me tinha dado o capacete.
- Sim, eu já sei.- resmunguei, apressando-me a por o cinto.- contente? - revirei-lhe ligeiramente os olhos, ajeitando o meu corpo no banco e fechei os olhos durante breves segundos, permitindo-me respirar fundo. Tinha sido demasiadas emoções para um dia só, mas não podia deixar que o cansaço me ganhasse. Aliás, mesmo que quisesse dormitar, a música que começou a ecoar pelo carro, juntamente com a velocidade que se fez sentir, não mo permitiram. Ainda assim, desta vez não reclamei, já sabia que não valia de nada e além do mais, a velocidade não me metia tanta confusão quando se estava dentro de um carro. Deixei que o silêncio se instalasse entre nós, visto que também não fazia a mínima ideia do que pudesse ser dito e num abrir e fechar de olhos, já estávamos a chegar à Universidade.- bem, sempre que estiver atrasada para as aulas, já sei a quem recorrer.- falei pela primeira vez, em tom de brincadeira.
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Mensagem por Luke Corden 29.08.17 17:54

A semana foi passando, no segundo dia já nem me lembrava do nome dela, muito menos da merda que me fez. O meu carro estava de novo imaculado, como se nenhuma vagabunda o tivesse riscado.
Passei as noites enfiado no novo bar da cidade, atraia os turistas que por esta altura procuravam diversão e saciar o seu – e o meu – libido. Perdi a conta às nacionalidades que passaram por mim, devo dizer que consegui rodar pelo menos os cinco continentes e repetir alguns. Quando acaba de as foder, dormia um pouco e seguia para o ginásio onde treinava até esta altura. Ouvi dizer que estavam a precisar de um pugilista para um combate off-record e era nisso que me estava a focar. Estes combates eram os melhores, não havia regras, apenas a raiva humana no seu pior estado.

Enrolei a toalha em redor da minha cintura e não me dei ao trabalho de secar a agua que escorria por mim e molhava tudo a minha volta. Acho que até estava a fazer um favor a empregada, o chão pelo menos já ficava meio lavado. Se não tivesse idade para ser minha avó até ia, tinha ar de ser fresca. A neta dela pelo menos é, sai à mãe. – Gloria, tenho fome. – Manifestei em voz alta, na esperança que a sua incompetência diminuísse e ela me trouxesse algo de jeito para comer. Às vezes traz-me um iogurte com umas bolachas, mas ela acha que tenho quantos anos? Cinco?
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Mensagem por Eva Stone 29.08.17 19:03

Assim que os meus olhos se foram abrindo aos poucos, as dores foram voltando ao mesmo ritmo, e eu consegui perceber que ainda continuava deitada no meio do chão da cozinha. Mas, desta vez, estava sozinha. Esforcei-me por despertar o mais rápido que consegui, apoiando-me num cotovelo para conseguir levantar a cabeça e ao ouvir barulhos vindos do seu quarto, percebi que ainda estava em casa. Merda. Engoli em seco. Já não tinha muito tempo, mais minuto menos minuto ele ia sair dali e ia continuar o que ainda não tinha acabado. E eu já não aguentava mais.
- Vais ter de te levantar, Eva.- sussurrei, sentindo as minhas costelas latejar, mas rapidamente as ignorei, levantando-me o mais rápido que consegui. Precisava de sair dali. Agarrei no meu casaco que estava pendurado no bengaleiro, apertando-o até cima e tentei fechar a porta da entrada com o máximo de cuidado, para não fazer barulho. Não sabia para onde ir, aliás, nem sabia se tinha forças para chegar onde quer que fosse, mas não podia continuar naquela casa.
Enfiei o carapuço na cabeça, para que as pessoas não se assustassem com a minha cara e corri da melhor forma que consegui, só parando à sua porta. Ele não vivia muito longe de mim. Apesar de ser na zona mais rica da cidade, a sua casa ficava a pouco mais de 10 minutos a pé da minha. Que irónico. E mais irónico ainda era o facto de eu ter ido ali parar. Mas eu não tinha mais ninguém, não podia correr o risco. Fechei os olhos com força, sentindo o meu coração a pontapear-me o peito e só quando ouvi o som da sua campainha é que percebi que estava mesmo a pedir-lhe ajuda.- foda-se.
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Mensagem por Luke Corden 30.08.17 1:27

As horas tinham passado vagarosamente, estava há demasiado tempo no escuro absorto nos meus pensamentos. Por vezes, escutava atentamente tudo aquilo que se passava à minha volta. Podia jurar que conseguia ouvir a mexicana a resmungar e o relógio do corredor. Continuava tenso como à merda, era-me impossível relaxar com a mexicana a partilhar o mesmo espaço que eu.
Os passos dela tornavam-se mais claros e pela sombra debaixo da porta conseguia perceber que se movia. Que merda é que estaria a fazer? – Menino Luke, vou-me embora. Tem a roupinha passada, jantarzinho feito e vejo-o amanhã. Tente fugir aos problemas. – O seu sotaque era fodidamente engraçado e o seu timbre demasiado agudo era o culminar para fazer graça da velha.
-Os problemas é que me encontram. Até amanhã. – Respondi num tom baixo, sem quer saber se ela me ouvia ou não. Eu respondi, fui bem-educado. Se ela não ouve, isso já não é problema meu. A porta bateu  e passado pouco tempo a campainha ecoou por todo o apartamento. Foda-se, não podiam tê-la feito mais alta? É que estou quase a ficar surdo, mais um pouco e conseguem. Atirei a toalha que me cobria para um canto do quarto e vesti umas calças de treino que tinha à mão. Deve-se ter esquecido das chaves ou o caralho. Aproximei-me da porta e abri-a sem espreitar pela videovigilância. Eva. A morena apareceu por detrás da porta.
Queria gritar com ela, porém os meus instintos                bloquearam-me as palavras mesmo antes de sequer me ter apercebido do seu estado. A sua cara estava completamente desfeita, o sangue seco era o principal artista. – Caralho Eva, é preciso ir matar quem? – As palavras pareciam sarcásticas, mas não poderiam ser mais verdade. Puxei-a com cuidado para mim e tudo aquilo que pensava deixou sequer de fazer parte dos meus pensamentos. Conseguia sentir o meu coração a pulsar a raiva que sentia e que teimava em fervilhar o meu corpo. Desta vez estava furioso e a culpa não era dela.  – Entra. – Murmurei com cuidado e peguei no corpo dela como se de algo delicado se tratasse. Fechei a porta com um pontapé relevando que não me tinha tornado numa flor e caminhei com ela até ao quarto das visitas. Mesmo assim, o meu quarto estava fora de limites. Ai que caralho. Se ela me diz quem é que foi o gajo eu mato-o com as minhas próprias mãos e certifico-me que tem uma morte lenta e dolorosa. – Deita-te aqui, vou buscar merdas para te por. Caralho, quem te fez isso? – Perguntei mais uma vez. – Eu vou descobrir, tu sabes que eu vou descobrir e eu vou matar esse caralho de gente. – Avisei-a momentos antes de abandonar o quarto para ir buscar a caixa de socorros. Aproveitei para passar na cozinha e trazer-lhe gelo e uma aspirina. Mas quem é que era capaz de lhe fazer uma merda destas? A minha mente estava focava em encontrar a pessoa, sentia-me a enrijecer cada vez  mais. Isto era raiva no seu puro estado. Tive que me acalmar antes de voltar a entrar no quarto e começar a cuidar dela, mas cada vez que pensava que alguém a tinha deixado assim o meu estomago revirava-se e o caralho. Eu vou matá-lo. – Onde estás mais aleijada? – Sem dar conta já estava perto dela e a cuidar de algumas feridas perto do seu lábio. – Vou te despir, quem te fez uma merda assim na cara não fica só pela cara. -  Eu sabia do que estava a falar, já me tinha metido em situações do caralho. Coloquei uma mão atrás das costas dela e levantei-a com cuidado para lhe tirar o casaco. Peça após peça tirei-lhe a roupa até que ficasse apenas coberta pelo sutiã e as suas cuecas. Naquele momento até os pensamentos mais ordinários e sexualizados ficavam ofuscados pelo meu estado, não conseguia pensar sequer em sexo. É literalmente a primeira vez que estou a ver uma gaja despida e a primeira coisa que me ocorre não é foder-lhe ali. – Toma esta aspirina. – Ordenei enquanto lhe passava a respetiva com um copo de água.

Tudo isto me fazia sentir um impotente do caralho. Alertava sentidos em mim que nem eu sabia que tinham, queria protege-la e fazer justiça por ela. – Foi por minha culpa? Foi alguém que se quis vingar de mim? – O pensamento ocorreu-me rapidamente. Leves memorias do assalto que se tinha passado na festa recaíram sobre mim, devia estar pálido como tudo. – Caralho. Eu vou matá-lo. – Rosnei alto e fitei-a de forma bastante séria. – Preciso que me digas a verdade. – Pedi novamente.
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Mensagem por Eva Stone 30.08.17 13:44

E foi no preciso momento em que ouvi o som da campainha ecoar por toda a casa que eu me arrependi de ali estar. Mas do que é que eu estava à espera? Que ele me ajudasse? Que eu lhe pudesse contar o que se tinha passado? Não falávamos há mais de uma semana, e eu não lhe podia contar rigorosamente nada. Ainda assim, e antes que eu pudesse - ou conseguisse - dar meia volta, já a porta se estava a abrir. Merda, merda, merda.
- Luke, eu...- ainda tentei começar a falar, para justificar a minha presença, mas nem as dores me permitiram continuar, nem Luke. Assim que os seus olhos pousaram sobre o meu corpo, tudo a seguir aconteceu muito rápido. De um momento para o outro eu já estava a ser levada para um quarto, sempre com a pergunta, da qual eu já estava à espera, a sair da sua boca. Mantive-me em silêncio, tentando controlando os gemidos de dor sempre que ele me tocava. É preciso ir matar quem? Vacilei. Era preciso matar o meu pai. Irónico.
- Eu não sei quem é que me fez isto.- acabei por falar, ao fim de alguns minutos, arrependendo-me logo de o fazer quando todo o meu corpo se queixou.- eu não lhe consegui ver a cara.- menti, rezando mentalmente para que ele acreditasse.- quem quer que tenha sido só quis dinheiro, mas como eu não tinha..- encolhi os ombros.- acho que precisou de se vingar.- tossiquei, fazendo uma careta com as dores e tentei facilitar o máximo que pude, quando percebi que me queria vestir. Sinceramente, naquele momento pouco me importava se ele me ia ver sem roupa ou não. As dores estavam a consumir-me de tal forma que eu só queria que alguém fizesse alguma coisa. Fosse quem fosse, fosse como fosse.
- Dói-me o corpo todo.- confessei, quando o ouvi perguntar-se onde é que me tinham aleijado mais e obedeci depois à sua ordem, tomando a aspirina. Tentei não reclamar muito à medida que ele me tratava das feridas, visto que me estava realmente a ajudar e deixei-me ficar sentada na cama, de olhos fechados, enquanto tentava processar tudo o que estava a acontecer. Era sempre assim. Sempre que ele se passava, eu era o seu saco de boxe. Todo o meu corpo, sem escapar um bocadinho que fosse. Mas no dia seguinte, e por muitas dores que tivesse, eu tinha de agir como se nada fosse. Porque ele queria, e porque não vivíamos sozinhos. Em momento algum podia deixar que os meus irmãos se apercebessem do que estava a acontecer. Não podia deixar que eles tivessem medo dele, apesar de eu ter...e muito. Mordi o meu lábio inferior com força, assim que os meus pensamentos trouxeram ao de cima as lágrimas que eu tanto queria controlar, e assim que uma delas escapou para a minha bochecha, eu apressei-me por limpá-la, só me apercebendo depois de que Luke ainda estava a falar comigo.
- Por tua causa? - repeti as suas palavras, só depois percebendo o seu significado.- o quê? Não. - abanei a cabeça.- se estás a pensar que foi aquele rapaz que veio ter contigo no dia da festa, não foi.- apressei-me a esclarecer.- a voz não era igual. - disse.- e ninguém se referiu a ti, não foi por tua causa.- assegurei, só conseguindo fitar o seu olhar quando o ouvi suplicar pela verdade. Os seus olhos espelhavam a sua preocupação. E apesar de já não os ver há muito tempo, eles conseguiam prender-me da mesma forma. Foda-se. - eu não te sei dizer quem foi, Luke.- tentei parecer o mais convicta possível.- eu já te disse, eu não consegui ver-lhe a cara.- encolhi os ombros, tentando ajeitar o meu corpo nas almofadas.- mas eu vou ficar bem.- voltei a olhá-lo.- não preciso que faças nada.
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Mensagem por Luke Corden 30.08.17 17:56

Ela estava-me a mentir com uma lata do caralho. – Eva. Eu vou descobrir, sabes que consigo arranjar o melhor detetive da cidade. – Avisei-a.
Quando ela se queixava de dores o meu corpo congelava, tinha receio de a estar a magoar. Eu não sou um gajo sensível nem meigo, estava a fazer o meu melhor. Estendi-lhe um lenço para ela limpar as lágrimas e evitei olhar para os seus olhos o tempo todo. – Claro que o teu corpo te doí. Eu consigo fazer muito pior ao gajo que te fez isso. – Rosnei já um pouco irritado com ela por não me contar quem é que tinha sido o filho da puta que a tinha deixado assim. – Precisas de ligar aos teus irmãos ou ao teu pai? - Não sabia ao certo se tinha sido ela que me tinha contado que tinha irmãos. Se não for que se lixe, já estou a tomar aqui conta dela e estou.
- Eva. Ninguém bate assim alguém para lhe roubar dinheiro. Vais me fazer espancar todos os gajos que conheço e que me querem bater até encontrar o filho da puta que te fez isso? É que eu faço sem problemas alguns. – Naquele momento o meu estômago parecia que tinha levado um murro dos grandes, os meus abdominais estavam tão contraídos que nem imaginava que conseguissem fazer isso. Se a culpa tivesse sido minha, não me iria conseguir perdoar. - Precisas de descansar, o tempo passa mais depressa assim. Eu estou lá fora e caso precises de mim chama. – Dito isto levantei-me e caminhei para fora do quarto, deixando a porta aberta caso precisasse de mim.
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Mensagem por Eva Stone 30.08.17 19:09

Assim que o ouvi dizer-me que ia descobrir quem me tinha feito aquilo, o meu estômago contorceu-se. E não foram das dores. Eu sabia que ele estava a dizer a verdade, aliás, ele tinha dinheiro suficiente para descobrir o que quer que fosse sobre mim, mas eu não podia deixar que ele soubesse que quem me tinha posto naquele estado tinha sido o meu próprio pai.
- Luke, eu já te disse que não sei quem foi.- repeti. Que mais lhe poderia eu dizer? - eu não lhe vi a cara, mas posso garantir-te que não vieram fazer-me isto por tua causa.- insisti. Não queria que ele pensasse o contrário, não queria que se ficasse a sentir culpado por uma coisa da qual não tinha culpa nenhuma.- quando eu me for embora esqueces que isto aconteceu.- pedi, juntando ligeiramente as sobrancelhas ao ver o seu estado de nervos.- por favor, tu não tiveste culpa de nada.- suspirei. Estava a sentir-me tão culpada por vê-lo naquele estado, se ao menos lhe pudesse contar, seria tudo muito mais fácil. Arregalei os olhos assim que o ouvi perguntar se queria que ligasse ao meu pai e apressei-me a abanar a cabeça, com o coração a martelar-me o peito.- não, não é preciso ligares a ninguém.- murmurei, respirando fundo para me tentar acalmar.- não os quero preocupar.- antes fosse isso. Começava a achar que tinha sido um erro ter ido ali parar. Se ao menos continuássemos chateados, eu não corria o risco de ele vir a descobrir. Soltei um pequeno suspiro, meio perdida nos meus pensamentos, e só quando percebi que Luke se estava a ir embora é que despertei.- não, espera! - e antes que eu pudesse pensar duas vezes, as palavras já me estavam a escapar pelos lábios.- não podes ficar aqui comigo? - disse num tom tão baixo que duvidava que me tivesse ouvido. Mas o que é que se está a passar contigo, Eva Stone? Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, subindo aos poucos o olhar para ele. Eu não tinha de ser sempre forte, certo? Já ali estava, não tinha muito mais a perder.- por favor?
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Mensagem por Luke Corden 30.08.17 22:02

- Não garantas, nem prometas coisas que não possas. Ou sabes quem foi? – Isto já me estava a deixar louco. Não me fucking prometam coisas ou o caralho se não puderem. Eu levo o que as pessoas dizem a sério e fico fodidamente zangado quando as quebram. – Já agora Eva porque vieste logo ter comigo? Não te estou a dizer para bazares, quero simplesmente saber o porquê. Principalmente depois do nosso último encontro amoroso. – Nem num dia destes conseguia apagar o sarcasmo de mim mesmo. Ela queria que eu esquecesse isto, mas eu não me esqueço de nada. – Não peças por favor. Raios, Eva! Não me implores um caralho. Eu sei que pareço, mas não sou nenhum Deus. – Resmunguei o mais baixo que consegui, que devo dizer que é alto demais para que me ouçam.
Peguei no telemóvel para ela ligar mas mal as palavras dela ecoaram no quarto voltei a pousá-lo na mesa de cabeceira. – Eu não ia ligar a ninguém, era para tu ligares. Ia ser bonito um caralho mal educado a falar com a tua família. – Abanei a cabeça enquanto soltava uma pequena gargalhada. Mesmo pequena. – Eles são a tua família, é tua obrigação preocupa-los. Eles também podem estar ma-preocupados. – Caralho, já ia dizer merda. Foco Corden. Levantei-me apressado para sair do quarto mas a voz dela congelou os meus movimentos. Ai o caralho. – Diz…que precisas? -Perguntei no tom mais calmo que consegui encontrar. – Ah…posso. E não peças por favor. – Voltei a resmungar e sentei-me junto dela na cama. – Não penses que só por estares assim vamos fazer alguma coisa ou tens o direito de me tocar. Porque não tens. – Avisei-a e estendi-me ao comprido na cama, procurei o comando e passei-lhe para as mãos. – Vou abrir uma exceção na minha vida e deixar-te ver o que quiseres, menos novelas e o caralho. –  A cara dela continuava desfeita e a minha curiosidade em encontrar o gajo ainda não estava saciada.  Já tinha pensado em quem iria contactar e talvez até me estivesse  a meter onde não sou chamado, mas caralho, o gajo merece morrer.
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